É com alguma insistência que a Câmara Municipal de Olhão tem vindo a anunciar na imprensa regional, a "oferta" dos manuais escolares, como se pode ler em https://regiao-sul.pt/2018/09/04/educacao-e-ciencia/camara-de-olhao-investe-290-mil-euros-para-oferecer-manuais-e-material-a-alunos/446121.
Mas para alem de repetitivo não deixa de ser curioso que o esteja a fazer em vésperas do inicio do ano escolar e em tons de autêntica campanha eleitoral. Mais, a câmara omite premeditadamente o apoio que vem do governo para a compra dos manuais, transferindo para o município as verbas necessárias, que no todo nacional representam quarenta milhões de euros.
O que a autarquia devia fazer, era anunciar o inicio das obras da Escola Básica Nº 5, para as quais conseguiu a aprovação de verbas comunitárias e prazo de conclusão das obras para o final deste ano.
Os alunos e professores, vão continuar a ter aulas dentro de contentores como se vivêssemos num País do Terceiro Mundo, apenas protegidos do sol e da chuva mas não do calor ou do frio, como se isso não se reflectisse no rendimento dos miúdos.
Quem dá a cara este ano pela câmara, é um professor, ex-director do Agrupamento Escolar João da Rosa, agora no lugar de vereador. Curiosamente, também faz parte da vereação a ex-directora do Agrupamento Escolar Paula Nogueira que deve ter ficado muito satisfeita com a "solução" encontrada para os seus ex-alunos. Mas em matéria de ex-professores agora vereadores não se ficam por aí, já que Gracinda Rendeiro também estava doente para dar aulas mas não estava doente para o exercício de cargos políticos. Faltam ainda os assessores, ex-professores. No fundo, todos fartos de dar aulas, mas que ao transferirem-se para o exercício do Poder Local viram os seus rendimentos aumentados. Importa lá que os alunos fiquem prejudicados?
Comecem lá as obras do EB nº 5 e deixem-se de propagandas!
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