Como é do conhecimento de todos, hoje em dia é quase impossível alugar uma habitação no concelho de Olhão. As condições económicas e sociais são de tal forma que os olhanenses, num futuro breve, terão de ir dormir debaixo de um viaduto como se fossem sem-abrigo.
A Constituição da Republica Portuguesa, no seu artigo 65º, sobre habitação e urbanismo:
1- Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.
2 - Para assegurar o direito à habitação, incumbe ao Estado:
b)- Promover em colaboração com … as autarquias locais a construção de habitações económicas e sociais.
Mais à frente diz que pode e deve proceder à expropriação dos solos que se revelem necessários à satisfação de fins de utilidade publica urbanística.
Ainda que o concelho de Olhão seja dos que mais habitação social tem no Algarve, a verdade é que a maioria já tem muitos anos. Os mais recentes, e mesmo esses com alguns anos, são de construção económica, os chamados de custos controlados.
O Município de Olhão tem descurado o problema da habitação social apesar de, e segundo os números do governo, ser dos concelhos com mais carências sociais e económicas, onde os titulares do rendimento de inserção social tem uma elevada percentagem.
No conjunto de desempregados e beneficiários de RIS, são mais de cinquenta por cento da população, o que diz bem da necessidade da construção de habitação para os mais desfavorecidos da sociedade olhanense.
Ao invés de proceder ás expropriações necessárias para o desenvolvimento de habitação social ou de custos controlados, a autarquia, como se de uma imobiliária se tratasse, entra no negocio de compra de terrenos, encarecendo os custos. E isto quando tinha terrenos disponíveis, mas porque se situam em zonas, ditas, prime, destinam-se à construção de fogos de luxo.
Os olhanenses estão podres de rico e vão todos comprar aqueles apartamentos!
Para ajudar os especuladores, a quem vende barato, ainda vai ao estrangeiro divulgar os empreendimentos de luxo, contribuindo assim para a subida de preços dos fogos, de tal forma que as pessoas, mesmo trabalhando, não conseguem pagar as exorbitantes rendas que são pedidas.
Afinal para quem governam os nossos diligentes autarcas? Para os amigos, para os especuladores!
Cagando para as pessoas simples e humildes da nossa terra estão eles!
1 comentário:
Uma triste realidade, que só prova termos nos sucessivos governos lacaios asquerosos do capital, senhores da guerra, e vendilhões do templo.
E ainda aqueles que se dizendo defensores do mundo dos que tudo produzem e nada possuem, prestam-se a servir de calçadeira à corja de vendilhões do templo.
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