quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

OLHÃO: HISTÓRICO DE INTERDIÇÕES NO ANO DE 2019 PARA A GANCHORRA!

Aqui há uns meses atrás os pescadores da ganchorra, manifestaram-se por estar sem poder trabalhar e com muita razão. Por isso resolvemos consultar o histórico de interdições durante o ano de 2019 para que os nossos leitores possam perceber melhor o que está em causa. Podem consultar em https://www.ipma.pt/pt/bivalves/historico/index.jsp#.
Pelo que se pode ver, entre interdições parciais e totais, são cerca de oito meses sem poder trabalhar, isto para a Zoina Litoral 8, Faro/Olhão, ou melhor dizendo entre Quarteira e a Torre de Aires.
É obvio que as interdições parciais surgem como forma de dizer que pescadores não estão totalmente inactivos, porque se não podem apanhar algumas espécies, podem apanhar outras. Só que cada espécie tem a sua barimétrica  e nem todos os barcos, particularmente os mais pequenos não reúne condições para a captura de ameijoa branca ou pé de burro. Certo é que para a conquilha, a maior parte do tempo ficam em terra.
Para não fazer mais mossa e calar a boca dos pescadores concebem-se outras estratégias. Assim, todo o mundo sabe que a melhor época para a venda e consumo de marisco é no Natal e não seria muito aconselhável que surgisse uma interdição naquele período.
As interdições são decididas pela presença de biotoxinas na carne dos bivalves, num processo mais que visto que quando são detectadas, também já foram consumidas.
No passado mês de Dezembro, depois de um largo período de interdição. o IPMA elaborou mais um mapa com os resultados analíticos dos bivalves. Mas que espanto! Então não é que na maior parte dos casos e no que diz respeito à zona L8, os resultados não estão quantificados (NQ) como se pode ver em https://www.ipma.pt/pt/bivalves/biotox/docs/a-biotoxinas-dez19.pdf. A que se deve a falta de quantificação? Se olharmos bem, constatamos que aparecem analises com a quantificação de 2 e noutras, não fizeram ou nada detectaram, pelo que marcaram apenas com um tracinho.
Quem pode fiar-se nestes resultados?

Sem comentários: