A câmara de Olhão dirigida por Antonio Pina, continua apostada em correr comos ultimos resquicios da população olhanense que resiste ao abandono daquela que foi a sua zona de habitat, o Bairro 16 de Junho.
E porque essa é a sua aposta, celebra o contrato que a imagem reproduz, embora não seja para execução imediata já que o prazo é de três anos. Mas serve para dizer aos moradores do Bairro que está em preparação a solução para os esgotos. Uma boa desculpa, não há duvida!
Mas pior que isso, é o facto de se ir fazer um projecto de loteamento, para Realojamento do Bairro 16 de Junho, sem ter ainda um terreno para tal. Mas então, como fazem um .loteamento em terreno alheio? Aldrabão sou eu e não minto tanto!
Vamos então admitir que já têm um terreno, secreto, para proceder à operação de loteamento. Então, e já que se destina ao Realojamento dos Moradores, estes têm o direito de saber para onde os querem mandar; será que vão para o Cerro de S-Miguel ou para a Maragota?
Há ainda questões a resolver como o facto de os moradores do Bairro 16 de Junho serem os proprietarios das casas, mas o processo de realojamento não contempla essa condição nas novas casas.
Deste modo, os moradores passarão de proprietarios a arrendatarios, de senhorios a inquilinos, obrigados a pagar uma mensalidade.
O realojamento já vem sendo estudado há alguns anos, porque para o poder politico local, os moradores do 16 de Junho são porcos, feios e maus, incompativeis com a classe de pessoal que se quer a residir na zona. Depois de corridas as pessoas. no lugar das sua casas vão ver nascer vivendas de luxo.
Os moradores do Bairro 16 de Junho devem realizar uma reunião onde possam discutir o futuro do bairro, organizar-se e formar uma comissão capaz de dizer ao poder politico o que pretendem; se o não fizerem, se se apresentarem de forma isolada, o Pina vai decidir e fazer como muito bem entenda.
LUTEM!
1 comentário:
Conhecemos bem os processos de realojamento conduzidos pelas autarquias, como no caso de Lagos por exemplo. a.terra tem toda a razão: a esta burguesia, auto-designada de socialista, interessa esconder pobres e desfavorecidos que no pós Abril criaram e geriram cooperativas de habitação para defenderem um direito humano que a Constituição consagra.
É preciso lutar, pois, voltar às comissões de moradores como nos primeiros tempos da 16 de junho.
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