Hoje voltamos a um dos temas que tem sido e continuará a ser o nosso grande combate, a poluição da Ria Formosa e das suas consequências para quem vive dela vive.
O poder politico, ao longo dos anos, tem-se rodeado de um conjunto de doutorados, não para a coisa correcta mas para encontrarem a justificação na forma de lixar os outros. No caso da Ria Formosa, temos os doutorados em ciências do mar que fazem bem o jogo do poder politico, ajudando-o a correr com aqueles que têm todo o interesse na melhor qualidade ecologica da agua, sendo que os bivalves são um indicador de excelência da má qualidade da agua da Ria.
Depois de muitos anos de protestos, durante os quais os responsaveis politicos sempre negaram as evidências, em Novembro de 2018, acabaram por inaugurar a nova ETAR de Faro-Olhão, como se pode ver em Águas do Algarve inaugura ETAR de Faro-Olhão (adp.pt).
Acontece que após a inauguração, a zona de produção de bivalves Olhão 3,foi completamente desclassificada, sendo agora interdita qualquer actividade até mesmo para manter os viveiros em bom estado.
Como se pode ver na imagem acima, em 2017, apenas em Maio e Junho houve uma interdição parcial, sendo que no resto do ano foi possivel trabalhar, apanhar a ameijoa e, pelo menos oficialmente, não se registou nenhum caso de raleira!
Já em 2018, registaram-se interdições totais durante seis semanas e parciais 28, como que a justificar a necessidade da nova ETAR. Era expectavel que com a entrada em funcionamento da nova infraestrutura as coisas melhorassem, mas os doutores, como de costume, fizeram merda!E assim chegamos a 2019.
E como se vê na imagem, bastaram apenas três meses após a inauguração da excelente estação da caca para assistirmos à completa interdição da produção e apanha de bivalves. Entretanto os nossos doutores esqueceram-se que as pessoas que tinham naquela zona a sua fonte de rendimento, ficaram privadas dele. Nada de preocupante! Assim podem desistir e deixar mais terreno livre para os viveiros de ostras do presidente da câmara. Bem pensado e melhor jogado!
O algodão não engana e as imagens estão publicadas no site do IPMA e qualquer um pode consulta-las. 2020 só não foi completamente interdito porque deixaram um DIA, em Junho.
E se isto se deve à elevada presença de caca na carne dos bivalves, pelo menos a fazer fé nas discorrências doutorais, outras há que apontam para acabar com a produção de ameijoa. Carrega Pina! O negocio das ostras está garantido!
Na verdade andaram por aí alguns doutores a plantar uma alga, espécie infestante, invasora e exotica, proíbida pelo regulamento do Parque Natural, um parque de ferias para parasitas politicos, que fingem não ver o que se passa.
Os doutores vêm defender a preservação da alga para o combate à acidificação dos oceanos mas não explicam a origem dela, porque elevados interesses economico-financeiros se alevantam. Destruir o ganha pão dos pequenos é mais facil!
A alga está destruindo a Ria Formosa; ela invade o espaço das plantas de fundo que serviam de abrigo a tantas espécies que estão a desaparecer, como o cavalo marinho, que os doutores dizem querer proteger e defender!
Os nossos antecessores deixaram-nos uma riqueza tremenda, sustento de milhares de familias, uma Ria fonte de trabalho que os merdosos da politica têm maltratado.
Até quando?
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