Para aqueles que não tiveram a oportunidade de ver a reportagem da CMTV, da autoria da jornalista Ana Leal aqui deixamos o video do youtube.
Felizmente vivemos em democracia e por isso tanto direito temos nós em discordar da situação criada como haverá outros, sabe-se lá com que motivos, vêm defender a atitude do presidente, quando a questão é mais ampla.
O POOC foi aprovado em 2005 pelo partido dito socialista de José Socrates; a Polis foi criada em 2008 durante o governo do dito socialista José Socrates; isso é inegavel!
Os POOC têm um prazo de duração e objectivos definidos de entre os quais, de forma directa um camuflada, a expulsão dos portugueses residentes nas zonas ribeirinhas para no seu lugar introduzir o turismo, o qual goza de um regime especial ou de excepção.
Também na Ria Formosa isso se verifica com as demolições nas ilhas barreira que estão eestarão em cima da mesa enquanto vigorar o POOC.
Quando as demolições chegaram à Ilha da Culatra, particularmente aos nucleos dos Hangares e do Farol, o presidente da câmara municipal de Olhão assumiu a liderança, e bem, do movimento de contestação, mas esqueceu-se que o mesmo estava previsto para a Ilha da Armona, esta administrativamente sob a alçada da autarquia olhanense.
Na altura tinhamos o governo de Coelho e Portas e o ministro doambiente era um meia leca Moreira da Silva, motivo mais que suficiente para o Pina procurar a liderança da contestação, com motivação politica-partidaria. Por outro lado a casa de familia no Farol estava em risco de demolição.
Caído o governo do Coelho, segue-se o da geringonça, com Matos Fernandes a assumir o lugar de ministro do ambiente, eleque esteve na elaboração dos estudos prévios para o POOC. Ainda assim o ministro sempre defendeu a renaturalização das ilhas, mas isso criaria uma divisão no seio partidario.
Procuraram então, uma solução que não estava no cardápio para salvar momentaneamente a face do Pina e também a do Matos Fernandes, criando as chamadas faixas de vulnerabilidade, em função da proximidade das aguas do mar. Claro, e bem reforçaram a costa do Farol repulsando sedimentos mas não o fizeram pelo interior da Ria, razão com que demoliram algumas casas.
Por principio, sempre defendemos e continuamos a defender que não deve haver uma unica demolição, a qual se transformando no processo de expulsão dos que lá têm casa para no seu lugar introduzir os chamados eco-resorts amigos do ambiente.
Portanto o que está em causa é na verdade a execução do POOC, instrumento legal para permitir aquilo que as pessoas já rejeitaram!
Portanto o que está em causa é na verdade a execução do POOC, instrumento legal para permitir aquilo que as pessoas já rejeitaram!
As apregoadas faixas de vulnerabilidade são o meio que ajudam a justificar as demolições. Mas se existem faixas de vulnerabilidade, elas são o resultado da falta de investimento na protecção da Ria Formosa.
Os molhes de Vilamoura, os esporões de Quarteira, os molhes da Barra de Faro/Olhão não deixam passar as areias para o lado nascente da Ilha da Culatra e esta vai crescendo nesse sentido, perdendo altura e largura até que venha um vendaval e destrua tudo como fez na Fuzeta ou Cacela em 2010.
O POOC desclassificou a barra da Armona, passando à condição de mero canal pelo que não está sinalizada.
A Barra da Armona tinha, incialmente, alargura de três mil e quinhentos metros e neste momento, no baixa mar, terá duzentos. A diferença, cerca de três mil metros que deviam ser dragados e jogados na Ilha da Culatra, tanto pela costa como pela Ria.
Com tal medida, a abertura da Barra da Armona permitia reduzir a pressão de vazante junto dos Hangares e Farol e com isso establizando aquilo que agora é uma "faixa de vulnerabilidade". Por outro lado, a abertura da barra da Armona, permitia também uma maior renovação de aguas dentro da Ria contribuindo para uma melhoria da qualidade ecologica da agua da Ria e de toda a biodiversidade nela existente. Era aquilo que o presidente da AMAL devia defender!
O POOC deve ser revisto, promovendo audições publicas, que não é mesma coisa que ashabituais discussões publicas, onde por dificuldades de varia ordem, as pessoas não participam.
Nem uma demolição na Ria Formosa!
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