segunda-feira, 15 de setembro de 2008

CMO: CHAMEM A POLÍCIA

No pretérito mandato autárquico entabulou a CMO conversações com vista à realização do designado Projecto Marina Village, negociado pelo então vereador com o pelouro das obras e o aval do Presidente da autarquia, e que desde logo denotou falta de transparência do processo, pois não se pode pensar outra coisa quando alguém aliena um bem público, de todos nós, e depois aparece do outro lado envolvido na execução da obra.

Quando a esmola é farta o pobre desconfia ; é quanto temos a pensar da cidade cinco estrelas do Presidente Leal. Na verdade, excluindo o hotel, só a primeira fase do projecto ali em curso prevê a construção de 447 fogos dos quais 387 são para habitação, que vendidos ao preço médio de 250000 euros (o mais barato são 205000 euros) gera um proveito de 110 milhões de euros. Com a volumetria aplicada o detentor do espaço teria direito a pelo menos 25%, ou seja cerca de 25 milhões de euros para a autarquia. Segue-se a 2ª fase que é idêntica.

Durante este tempo assistimos ao realojamento das pessoas do Largo da Feira, tendo sido necessária a intervenção do governo sem a qual a CMO não asseguraria as verbas para a finalização das obras. Ainda assim ficaram de fora pessoas que tendo adquirido as casas em regime de renda resolúvel, que ficaram sem as suas casas e sem indemnização, daí que não sejam visíveis as contrapartidas do projecto, chegando-se ao ponto de ninguém saber se as houve e quais são. É caso para dizer que são milhões a mais e contrapartidas a menos.

Não se fica por ali o Projecto Marina Village, já que foi isentado de fazer caves para o estacionamento (quando o é exigido aos demais construtores) com o argumento do estado dos solos (antiga lixeira), quando toda a gente o sabia pelo que o projecto deveria ter sido precedido do estudo geológico do terreno. Ou será que como se infere da maqueta apresentada já estava previsto a construção do parque de estacionamento no lado poente da estrada circundante, também ele com dinheiros públicos (Polis da Ria Formosa), e o projecto apresentado foi apenas mais um expediente para lavar a imagem?


Esta forma de alienar os bens públicos, transferir a riqueza colectiva (de todos nós) para as mãos de alguns com a conivência de detentores de cargos públicos não poderá conter indícios de abuso de poder, tráfico de influências e quem sabe de corrupção?

Ver novos desenvolvimentos em:

Somos Olhão!
http://somosolhao.blogs.sapo.pt/

5 comentários:

Anónimo disse...

quem me explica,o que se está a passar em olhão?
onde andaram os partidos da oposição,que não denunciaram todas estas falcatruas,ou será que também aqui tem rabos de palha?
não sabiam que a maior parte dos projectos que entram nesta autarquia tem de ser,de determinados gabinetes ou são chumbados.há anos que o filho do picasso tem uma construção embargada em cacela,quando as que aqui denunciadas são tão graves como aquela.
será que os mandantes da CMO estão acima da lei?será que o ps sabe do que se passa em olhão,pelo menos os dirigentes do ps de olhão deviam saber e tomar posição,ou também tem rabos de palha?
as eleições autárquicas estão há porta,será que é desta vez que paco leal e quejandos vão desta para melhor?espero bem que sim, pois caso contário os filhos de olhão ariscam-se a ser empurados para o campo.deixando a ria para os de fora da terra e tudo isto em nome do turismo.e em nome do turismo vão fazendo toda a especie de ilegalidades.
Menino dos Olhos Grandes.

Anónimo disse...

quem serão os notaveis de olhao que
terão as contrapartidas de tão arrojado negócio.com o tempo saberemos,e então juntando a+b imajinaremos o que se passou neste negócio da china.
a estética da construção não diz nada a olhão(a não ser a alguns arquitectos que aprovaram tal mamaracho,a volumetria é enorme,e descabida com a area envolvente,veremos a cor que ~irão pintar os mamarachos será da cor das casa de banho coloridas como a da marina de albufeira?
será que se fosse um empreiteiro de olhão a sugerir o mesmo negócio a CMO essa daria o seu aval?
como pode um ex autarca que aprovou este projecto estar neste momento com um cargo de responsabilidade na mesma obra?
será isto transparente?
será que se pode construir em cima de uma antiga lixeira?é que antigamente é o que aquela zona era estrumeira sapal,e a a caldeira da safol e do moinho da barreta.
Embroise.

Anónimo disse...

A volumetria e a localização ,elementos na posse da camâra,são determinantes na fixação do preço do terreno e neste caso até seria bem superior ao apontado.
De outro modo a camâra está autorizada a celebrar contratos até um determinado valor abaixo,muito abaixo mesmo do que está apontado pelo que o tema deveria ter sido discutido em assembleia municipal.Porque não é publicado no site da camâra a escritura da cedência do terreno,afinal também ela um acto público?

Anónimo disse...

todas as cedências de terrenos publicos a uma qualquer entidade privada deviam ser objecto de discusão em assembleia municipal será que esta cedência foi? se foi onde estão as actas dessas reuniões, em que A.M discutiu essa cedência. O que pensa a oposição (se é que há oposição),acerca deta cedência de terrenos?
Floripes.

Anónimo disse...

como é que se oferece estes terrenos e depois levam uma fortuna por terrenos na zona industrial.zona industrial essa que numca devia ser tido implantada naquele terreno que tem uam vista mágnifica.
Quem explica isto e muito mais.
Calvo.