sábado, 2 de junho de 2012

OLHÃO: AS COSTUMEIRAS MENTIRAS

Na passada terça-feira realizou-se um debate promovido pela Docapesca sobre a valorização do pescado e a fuga à lota, onde estiveram presentes José Apolinario em representação da Docapesca, Francisco Leal  e  Antonio Camacho em representação da Câmara Municipal de Olhão e outras individualidades que para o caso nem vale a pena, nesta fase falar nelas.
Falou em primeiro lugar sem nada dizer, Francisco Leal, em mais uma acção de propaganda a que já nos habituou e completamente fora do contexto do tema para debate. Um EMPLASTRO!
De seguida, José Apolinário, parte especialmente interessada na questão da fuga à lota e que como já nos habituou está-se borrifando para a pesca e para os pescadores. Profissional da politica e péssimo, que outra actividade não lhe é conhecida, dissertou sobre a valorização do pescado e a sua certificação como forma de valorização. O que este monte de lixo politico não diz, é que a certificação visa o controlo dos pescadores e do pescado, não lhe acrescentando valor e omitindo que é a "sua", nossa empresa a principal causa da desvalorização do pescado, que com a sua politica, permite a concertação de preços e cartelização no sector intermediario.
Ao contrario do que veio publicado nos órgãos de comunicação social previamente recomendados como se pode ver em http://visao.sapo.pt/pescas-representantes-do-setor-apontam-precos-medios-e-certificacao-como-caminhos-para-valorizar-pescado=f667363, não foram os pescadores nem os seus representantes os autores das propostas apresentadas, mas sim um dos mentirosos, Apolinário.
Curiosamente, a publicação omite a intervenção do representante do IPIMAR, mais abalizada e que põe o dedo na ferida da fuga à lota e aponta ao mesmo tempo a solução mais do agrado dos pescadores. Nesta intervenção, ele estabelece a relação causa/efeito da fuga à lota, atribuindo ao baixo preço praticado na lota, que não ao consumidor, como a principal causa. Falou ainda sobre a experiência em outros países como Inglaterra e França, em que os pescadores, antes com os mesmos problemas, passaram a poder vender directamente o seu pescado aos consumidores a um preço mais baixo que o praticado nos mercados mas muito acima do valor atribuído em lota, onde e no caso de Olhão, a titulo de exemplo, a pescada vai a 80 cêntimos e todos nós sabemos a que preço a pagamos, depois.
Isso, sim é valorizar o pescado e só quando os compradores em lota o valorizarem é que poderão contar com a presença de pescado de qualidade. A certificação propagandeada não tem conta as artes envolvidas na captura, quando todos sabem que o peixe do arrasto não tem a mesma qualidade do anzol.
Os pescadores não querem fugir à lota; querem sim que lhes seja pago o justo valor, pelo que a obrigatoriedade de vender em lota deve ser eliminada e deve ser autorizada a venda directa. Obviamente, que se o pescador quiser ir à lota pode fazê-lo, mas obrigado, não!
PELA VENDA DIRECTA PESCADOR/CONSUMIDOR!

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