Muitos ainda se lembrarão que nos anos 70 do século passado na altura em que os portugueses residentes nas ex-colónias regressaram ao País, particularmente aqui, foi na Ria Formosa que encontraram o sustento para eles e famílias, utilizando até, artes hoje proibidas.
A Ria Formosa era uma autentica mina, riqueza natural, que dava aos seus residentes o que de melhor tinha como peixe e marisco e que quanto mais se tirava, mais dava. Longe vão esses tempos. Hoje, que a fome e miséria assolam o Povo fruto da destruição provocada por entidades publicas para as quais apenas contam os interesses turístico-imobiliários, a Ria Formosa não cumpre a sua função que todos lhe reconhecem.
Vem isto a propósito do mau estado ecológico da Ria e da forma como aquelas entidades tratam estas questões, fingindo não saber o que se passa, branqueando situações, intimidando todos aqueles que nos organismos admitem que algo está errado dando a entender que o emprego corre riscos ou que ficarão para sempre estagnados numa carreira.
A legislação sobre o tratamento das águas residuais urbanas cria as zonas sensíveis e menos sensíveis e classificou a Ria Formosa como "Zona Sensível" pelo que requer um tratamento mais avançado que o secundário, fixando como níveis máximos de nutrientes descarregados na Ria pelas ETAR em:
CBO - 50mg/l; CQO - 250mg/l; SST - 87mg/l;
e que em caso de zonas sensíveis sujeitas a eutrofização, acrescem os níveis de:
Fosforo Total - 2mg/l e Azoto Total - 15mg/l
Eutrofização, definido nesta legislação, é o enriquecimento do meio aquático com nutrientes, sobretudo compostos de azoto e ou fosforo, que provoque o crescimento acelerado de algas, perturbando o equilíbrio ecológico e a qualidade das águas em causa.
O INAG adoptou como critério de eutrofização, uma grelha dividida em três classes a Oligotrofica, Mesotrofica e Eutrofica e estabeleceu os respectivos níveis:
Oligotrofica: Fosforo Total <10mg/m3; Clorofila-A <2.5mg/m3
Mesotrofica: Fosforo Total 10-35mg/m3; Clorofila-A 2.5-10mg/m3
Eutrofica: Fosforo total >35mg/m3; Clorofila-A >10mg/m3; Oxigénio Dissolvido >40% de saturação
Face aos resultados da monitorização efectuada pela UALG http://www.arhalgarve.pt/site/parameters/arhalgarve/files/File/documentos/ambiente/recursos_hidricos/ria_formosa_Impacte.pdf bem podemos dizer que se a Ria Formosa não está eutrofizada, pelo menos está em vias de sê-lo, com todas as consequencias que daí poderão vir.
Comparando os valores das analises das Águas do Algarve com aqueles que são permitidos pela legislação, verificamos que a maioria delas não cumpre os normativos, apresentando em regra valores de SST, Fosforo e Azoto muito acima dos Valores Máximos Permitidos.
De nada serve as entidades como o ICNB, ARH, CCDR, Câmaras Municipais, IPIMAR ou até a UALG virem branquear os crimes ambientais cometidos pelas ETAR assassinas, a principal fonte de poluição e também de algas toxigenas, quando está mais que provado que a poluição é uma das principais da causa directa da mortalidade da ameijoa, mas também com causa indirecta porque é nela que o Parkinsus Atlanticus prolifera, encontrando aí o seu habitat preferido.
Sem se combater a poluição da Ria Formosa, não é possível combater o parasita Parkinsus.
Obviamente que um tal combate pressupõe também o combate aos parasitas políticos que causam a asfixia , a fome e miséria de um Povo.
REVOLTEM-SE, PORRA!
Face aos resultados da monitorização efectuada pela UALG http://www.arhalgarve.pt/site/parameters/arhalgarve/files/File/documentos/ambiente/recursos_hidricos/ria_formosa_Impacte.pdf bem podemos dizer que se a Ria Formosa não está eutrofizada, pelo menos está em vias de sê-lo, com todas as consequencias que daí poderão vir.
Comparando os valores das analises das Águas do Algarve com aqueles que são permitidos pela legislação, verificamos que a maioria delas não cumpre os normativos, apresentando em regra valores de SST, Fosforo e Azoto muito acima dos Valores Máximos Permitidos.
De nada serve as entidades como o ICNB, ARH, CCDR, Câmaras Municipais, IPIMAR ou até a UALG virem branquear os crimes ambientais cometidos pelas ETAR assassinas, a principal fonte de poluição e também de algas toxigenas, quando está mais que provado que a poluição é uma das principais da causa directa da mortalidade da ameijoa, mas também com causa indirecta porque é nela que o Parkinsus Atlanticus prolifera, encontrando aí o seu habitat preferido.
Sem se combater a poluição da Ria Formosa, não é possível combater o parasita Parkinsus.
Obviamente que um tal combate pressupõe também o combate aos parasitas políticos que causam a asfixia , a fome e miséria de um Povo.
REVOLTEM-SE, PORRA!
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