A Câmara Municipal de Olhão já nos habituou à falta de transparencia dos seus actos de gestão em todas as suas áreas. Imaginem que, e à semelhança do que aconteceu com um contrato celebrado entre a Ambiolhão e a Algarser onde foram alterados os valores por violarem o Código dos Contratos Públicos, chegou agora a vez do próprio município o fazer. Mais, a Câmara Municipal de Olhão retirou pura e simplesmente do seu site a prestação de contas relativas ao ano de 2011, que aqui havíamos denunciado por não corresponderem à realidade, razão pela qual foi pedido ao Ministério Publico a sua impugnação e a responsabilização cível, administrativa e criminal de todos os intervenientes na aprovação das mesmas.
No momento certo foram apontadas contradições sempre no que dizia respeito aos valores de receita, que no decorrer dos anos 2010 e 201, apresentava uma diferença de cerca de oito milhões. Em momento algum foram questionados os valores de despesa, que têm de estar suportados documentalmente. A surgirem valores de despesa diferentes dos anteriormente apresentados, onde foi a Câmara Municipal arranjar os novos documentos? Se já existiam porque não os incluíram antes? Ou serão forjados?
Os documentos de despesa, neste contexto, são de uma importância extraordinaria, porque a manterem-se os mesmo valores e aumentando a receita, aumenta também o saldo, que já não existia. Onde vão buscar o dinheiro entretanto desaparecido?
BATOTA NAS CONTAS DA CÂMARA MUNICIPAL DE OLHÃO
António Miguel Pina, vice-presidente apontado como candidato à sucessão e com formação na área de gestão, está pois envolvido numa enorme batota contabilistica, o que até nem surpreende depois de tantas outras. Enquanto vogal da administração do Hospital Distrital de Faro foi envolvido num processo que violava o Código dos Contratos Públicos, escapando a condenação por uma unha negra; da sua passagem pelo IFADAP ficou conhecido o episódio da aprovação do seu próprio projecto apresentado em nome do pai do sócio, vereador da Câmara; a utilização indevida, não licenciada, de trinta mil metros quadrados de terrenos da Ria Formosa sem pagar um cêntimo de taxas; a importação ilegal de ostras sem o necessário certificado sanitário emitido pela Autoridade de Veterinária; a instalação de um infantário licenciado pelo sócio vereador e tantas outras habilidades, mostram aquilo que nos reserva o futuro da Câmara Municipal de Olhão.
Enquanto o Povo passa fome, não tem já dinheiro para pagar as contas da agua, esta cambada de criminosos gasta os dinheiros que todos nós pagamos em festas, festinhas, festarolas, fazem-no desaparecer das contas da autarquia e julgam que ficam impunes.
Amanhã vai realizar-se uma sessão de câmara extraordinaria de emergência, muito provavelmente com vista à alteração das contas, mas também podem ser surpreendidos por uma queixa na Policia Judiciaria, Há que pôr termo à arrogância, à prepotência e ao abuso de poder de toda esta canalha.
OLHANENSES, REVOLTEM-SE PORRA!
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