quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O CIRCO CÂMARA MUNICIPAL DE OLHÃO

Recentemente decorreu o XIII Congresso Internacional da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio Torácica, o que levou Francisco Leal, apenas presidente em exercício porque a Justiça não funciona em Portugal, a declarar que este tipo de congresso combate a sazonalidade.
Nada tendo contra à promoção destes eventos, bem pelo contrario, as declarações prestadas não passam de um chorrilho de asneiras já habituais neste crápula da politica. Considerar combater a sazonalidade com dois dias de trabalhos no meio de mais de trezentos dias sem nada para fazer, é no mínimo estúpido. A sazonalidade em Olhão deve-se às politicas de destruição dos sectores tradicionais de actividade económica como a pesca, a moluscicultura e as industrias sucedâneas, e não é com remendos deste tipo que se combate. A CM Olhão e o partido que desde sempre a tem gerido, não têm nenhuma estratégia que promova a empregabilidade sustentável.
Olhão tem entre grandes e medias superfícies de distribuição, seis estabelecimentos que não consomem um cêntimo de produtos da região, recorrendo sistematicamente à importação de produtos estrangeiros de países com mão de obra barata, usando e abusando da pratica de preços baixos que levam os produtores à ruína e ainda impondo um rapel milionário médio de 28%.
A Câmara Municipal de Olhão, no acto de licenciamento desta cadeias de distribuição podia e devia impor como condição o consumo de uma percentagem substancial de produtos da região, nomeadamente do concelho, como forma de incentivo ás praticas agrícolas e piscatórias e á empregabilidade.
O que está por detrás disto não é senão a publicidade e promoção gratuita de uma unidade hoteleira, que embora fazendo falta, não cumpriu com a normas urbanísticas, e que desde que o Grupo proprietario se instalou em Olhão tem contado com a cumplicidade da Câmara Municipal de Olhão, com indícios de praticas passiveis de constituírem crimes conexos aos de corrupção.
Entretanto o Município fez anunciar um espectáculo circense no Auditório Municipal, completamente despropositado, já que o que há de mais na autarquia, são palhaços. As sessões de câmara e assembleia municipal mais parecem um autentico circo, com tudo previamente aprovado e o publico impedido de se pronunciar em tempo útil e sem conhecimento dos documentos a discutir, porque a autarquia não os fornece.
A situação é de tal forma que ainda há dias foi aprovada a segunda revisão ao Orçamento, com erros grosseiros. Ora o Orçamento inicial já estava sobre valorizado em relação à Prestação de Contas anteriores em cerca de 60%, mal se percebendo a necessidade desta revisão, tanto mais que para a transferencia de verba de uma rubricas para outras, bastaria a autorização da Assembleia Municipal. Algum cambalacho está escondido neste Orçamento e por isso a autarquia não permitir o acesso aos documentos.
O Povo de Olhão será sempre obrigado a pagar o que esta cambada de gatunos políticos decidir, até que se revoltem e creio já ter faltado mais.
REVOLTEM-SE, PORRA!

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