A 10 de Outubro do corrente ano, em Assembleia Municipal, a câmara municipal de Olhão fez aprovar um documento com o pomposo nome de Plano de Apoio à Economia Local. Trocando este pomposo nome por miúdos, o que temos não passa de um "resgate". Através desse plano, a câmara procurava que Ministério das Finanças lhe deve de mão beijada qualquer coisa como sete milhões de euros para pagar os calotes e assim salvar a economia local.
Nesse plano estavam incluídasverbas como 2.300.000 euros (números "redondos") à Sociedade POLIS, da qual ainda não vimos nada e o Tribunal de Contas entendeu, e bem, que essa verba não poderia ser incluída no resgate. No mesmo plano, à AmbiOlhão a câmara tem um calote de 860.000 que o Tribunal de Contas também deveria ter dado a nega e, ao que parece, não o fez. E só entre estas duas entidades temos qualquer coisa como 3.160.000 que não entram na economia local. Se acrescentarmos mais cerca de 600.000 euros de calote à ADSE já soma 3.760.000 euros. A EDIFER não é uma empresa do concelho de Olhão e ao que parece até está em insolvência, são cerca de 220.000 euros e `ALGAR qualquer coisa como 165.000 euros. Só aqui já temos qualquer coisa como cerca de 4.150.000 euros que não entram na economia local. À VIBEIRA, umempresa de plantas são cerca de 130.000 euros, ao grupo ROLEAR cerca de 50.000 euros e à ECOAMBIENTE cerca de 95.000 euros, somando tudo são cerca de 4.425.000 euros que não entram na economia local. À HYDRAPLAN são cerca de 75.000 euros e temos 4.500.000.
Se acrescentarmos as escolas e outras entidades não comerciais e ainda mais algumas como o exemplo da RTP (cerca de 30.000), o que fica verdadeiramente para empresas, aquilo que todos nós temos como empresas, são cerca de 100.000 euros, que tem como curiosidade o calote à ALGARHORTA.Hotelaria e restauração no valor de cerca de 68.000 euros, apenas com 6 (seis) facturas acima dos 100 euros, sendo a maioria das facturas numa média dos 50 euros e este pormenor é importante porque alguns "socialistas" e alguns militantes do PSD querem fazer passar a mensagem de que se trata de despesas de "representação", quando vem algum secretário de estado ou outro graúdo qualquer. Ao preço a que estão as refeições e sabendo que essa gente vem sempre bem acompanhada, uma média de 50 euros é tudo menos para "representar" a câmara. São parte das comesainas dos chulos que estão na câmara.
O que está claro com a aprovação deste plano é a aliança P"S"/PSD na câmara e na Assembleia Municipal, onde os deputados municipais não lêem, não estudam os documentos ou não querem mesmo saber de desgraças. As autarquias são responsáveis por mais de 40.000.000.000 (quarenta mil milhões) de dívida pública e nós, cidadãos anónimos não podemos pactuar com o descalabro da (des)governação da coisa pública, como esta canalha tem feito. Aos partidos da oposição cabe denunciar todas estas situações e é bom que futuramente estudem bem os documentos, que preparem bem a sua participaçãp nas Assembleias e que façam chegar ao conhecimento público os documentos que a câmara sonega aos munícipes.
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