OLHÃO: CAÇA AO POLVO POLITICO

A Câmara Municipal de Olhão de há muito que vem favorecendo amigos, famílias e militantes do partido que gere os destinos da autarquia desde o 25 de Abril. Um exemplo da afirmação está patente na carta que agora trazemos à luz com noticias fresquinhas.

José Mendes Segundo (pai) foi no mandato anterior vice-presidente da Assembleia Municipal e para alem de conhecido cacique da Fuzeta, amigo pessoal do presidente de câmara ainda em exercício, beneficiando da influencia que o exercício do cargo lhe trouxe.

Assim e apesar do ICNB ter prestado um parecer desfavorável á construção de uma moradia, a Câmara Municipal de Olhão, autorizou por despacho a sua construção que o Ministério Publico junto do Tribunal Administrativo vem agora pedir a impugnação dos actos, dando-nos razão.

Durante o seu mandato, Mendes Segundo, conseguiu ainda a transferencia da sua Farmácia em Pechão para o Ria Shoping e da Farmácia Pacheco para a Avenida Dr. Bernardino da Silva, sendo que no primeiro caso a Farmácia Picoito de Stº Luzia já o havia solicitado tendo a CMO dado nota ao Infarmed de que não cumpria a distancia exigida por Lei, mas para o amigo e camarada, cumpria. Do mesmo modo a Farmácia Pacheco não cumpre a distancia à Farmácia do Ria Shoping, mas aqui a CMO, que mais uma vez se "enganou", conseguiu dizer que as distancias estavam certas.

Quem diz agora que não há trafico de influencias e ou indícios claros de corrupção?

António Miguel Pina, presidente da concelhia do partido no Poder autárquico e vice-presidente da Câmara Municipal de Olhão e o único candidato conhecido à presidência, à data vereador sem pelouro, calou, consentiu, tornou-se cúmplice de um esquema de favorecimentos a este e outros "amigos" enquanto procuraram prejudicar terceiros, não merecendo a confiança dos eleitores porque a sua eleição significa uma politica de continuidade de saque e rapina dos dinheiros públicos, de favorecimentos de amigos, prejudicando terceiros.

Aliás, o ultimo paragrafo da carta do TA, faz referencia ao processo da Variante Norte à 125, onde aconteceu exactamente o mesmo, promovendo amigos, autorizando construções em cima de Servidões Administrativas, e tentando prejudicar um exploração agrícola em pleno funcionamento, para depois vir dizer que a culpa de a Variante não se fazer é de partido concorrente.

Enquanto não for "pendurada a pele" de alguém para servir de exemplo, e a justiça tem muitas culpas no cartório, não sairemos da cepa torta.

É óbvio que destes processos não resulta qualquer beneficio para o Povo, mas permite pelo menos a denuncia mais que fundamentada de crimes cometidos por titulares de cargos políticos em beneficio próprio ou de corregelionarios, os mesmos que levaram o País à falência e que agora sugam o sangue e suor de quem trabalha.

O sentimento de indignação e revolta vai larvando e ganhando forma junto das populações, marginalizadas por este tipo de políticos e de politicas.

REVOLTEM-SE, PORRA!