sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

OLHÃO: ANO NOVO, CRIMES VELHOS

A Câmara Municipal de Olhão era ou é, a proprietaria da ETAR da Fuzeta, pois não se sabe muito bem se o espaço foi ou não alienado o que não a iliba da responsabilidade que tem em matéria ambiental no processo de desmantelamento da dita cuja.
Para alem de necessitar de um cartaz identificativo, visível do exterior para se saber que tipo de obra ali se prepara e que na sua ausência a transforma numa obra clandestina, as obras ali encetadas carecem do parecer prévio do Parque Natural da Ria Formosa.
Ontem fomos confrontados com a situação que a imagem documenta, verificando-se que recentemente foi aberto um dreno directo para a Ria cada vez menos Formosa.
Escusado será dizer que, como sempre, o Parque Natural da Ria Formosa que nestas situações se comporta como cúmplice dos crimes contra a Ria, nada viu, nada sabe sobre o que ali se passa. Tudo quanto diga respeito a poluição da Ria, o Parque Natural ignora, ou nos mesmos moldes de certos partidos, usa e abusa da retórica ambientalista quanto se trata de reprimir quem dela vive, mas perseguir quem a polui, quem a está matando, é mentira. Discursos e mais discursos para nada. Documentos só se for para substituir o papel higiénico.
Os serviços desconcentrados da Agência Portuguesa do Ambiente - ARH que têm a responsabilidade de assegurar a qualidade das massas de agua, quaisquer que sejam, também finge não saber ou pior, consegue mentir e omitir este tipo de situações. Estou a lembrar-me do agricultor que despejou as águas da fossa e teve de pagar uma coima de cinco mil euros, mas que em relação às entidades publicas não mexe uma palha. Para que queremos nós organismos, que não cumprem nem fazem cumprir as normas de protecção ambiental? No fundo, trata-se de alimentar uma certa classe parasitaria que vive à custa do sacrificado Povo, neste caso pescadores e mariscadores da Ria Formosa (Fuzeta). Diga-se tambem que por se situar em Dominio Publico Maritimo, a ARH teria de emitir parecer previo.
Ou seja, crime na maior das clandestinidades, com a cumplicidade das principais entidades com responsabilidades na materia. Quem diria?
Olhão, de momento, apenas tem um candidato à presidência da Câmara Municipal, António Miguel Pina, também ele viveirista (de ostras) que pelos vistos só percebe dos cifrões, não tem uma palavra para explicar o crime cometido na Fuzeta, indo a reboque do cacique-mor, Francisco Leal.
Com esta canalha no Poder autárquico em Olhão, não se esperam melhores dias para a Ria Formosa, pelo contrario, estão matando a galinha de ovos de ouro da região. Ao Povo, resta-lhe dar luta sem quartel contra este bando sob pena de ser trucidado pelo rolo compressor da classe dominante.
REVOLTEM-SE, PORRA!

1 comentário:

Anónimo disse...

Na piscicultura da sede do PNRF em Marim apareceram aves de migração mortas.Os responsaveis do Parque dizem que é uma situação ocasional. Será que pode estar associado a este foco de poluição na Fuzeta?