quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A SAÚDE PUBLICA E A RIA FORMOSA

Na imagem acima damos conta da quantidade de coliformes fecais que são despejados na Ria Formosa através do efluente maltratado da ETAR Poente de Olhão.
Para se ter uma noção mais aproximada acrescentamos que são descarregados diariamente cerca de 10.000m3 pelo que teríamos de multiplicar os valores apresentados por um milhão, o que nos dá bem a dimensão e a gravidade dos crimes que estão cometendo contra a Ria Formosa.
As águas da Ria Formosa estão classificadas como piscicolas, conquicolas e balneares, razão pela qual a qualidade das águas pode afectar o manuseamento, tratamento do pescado, a produção moluscicola e o uso balnear.
Está bom de perceber que aquilo que se pretende para a Ria Formosa é dar-lhe mais qualidade, diminuir o risco para a saúde publica. Ao denunciar-se situações deste tipo, não se trata apenas de falar por falar ou apenas ter como objectivo de critica gratuita. O problema é serio de mais para se brincar.
É verdade que os coliformes fecais são eliminados pela radiação ultra violeta e inserindo-se a Ria Formosa numa zona de forte radiação que uma parte substancial dos coliformes presentes na sua agua sejam eliminados naturalmente, mas ainda assim sobejam o bastante para criar problemas.
Outra questão que se põe, é a de que se não fosse a forte presença dos coliformes fecais, a agua da Ria Formosa, seria classificada como de Classe A, isentando-a de depuração, o que conferia mais qualidade aos bivalves da Ria e permitia a sua venda directa, valorizando o produto.
E porque se o efluente tratado pelas ETAR dá este resultado, imagine-se o que não será com os esgotos directos que a Câmara Municipal de Olhão mantém a despejar, sem qualquer tratamento, nomeadamente na  doca.
As autoridades com responsabilidade na matéria bem se esforçam por branquear estes crimes, seja eliminando as Zonas C, que na pratica existem, tal como o faz o IPIMAR; propondo a certificação de um produto para os quais nada fazem para lhe dar a qualidade que a certificação deve envolver como o faz o Polis da Ria Formosa ou a Bandeira Azul ou Dourada de organizações que contra as entidades publicas não mexem uma palha.
Este problema diz respeito a toda a população e não apenas aos profissionais da Ria, porque todos nós queremos ter a certeza de que quando mergulhamos nas águas da Ria Formosa, o possamos fazer sem receios.
Os autarcas e muito particularmente os de Olhão devem ter presentes que foram eles que construíram estas ETAR e que já havia estudos, monitorizações antes de as entregar à Águas do Algarve, cuja transmissão apenas ocorreu em 2005, tendo por isso responsabilidades acrescidas, não podendo lavas as mãos como Pilatos, porque de pilantes já nós estamos fartos.
Que cada um pense nas consequencias e manifeste a sua indignação e revolta pela forma como tratam a nossa Ria Formosa.
REVOLTEM-SE, PORRA!  

2 comentários:

Anónimo disse...

não se pode brincar com quadros como aquele acima indicado. façam o favor de o rectificar. Só não erra quem nada faz, por isso estão desculpados

a.terra disse...

Como autor do post agradecia ao comentador que dissesse onde está o erro porque não o encontro