A tabela acima foi elaborada a partir de dados do INE e mostra os valores das exportações e importações de cada concelho do Algarve.
O primeiro facto a assinalar é o de os concelhos com maior actividade turística, equiparada a actividade exportadora, serem precisamente aqueles que apresentam um défice nas transacções entre produtos exportados e importados. Sendo uma actividade exportadora mal se compreende que concelhos com Albufeira e Loulé apresentem os resultados constantes na tabela, com a agravante de o consumo provocado pelo acréscimo da população flutuante fazer aumentar substancialmente as importações.
Em contraste, temos Olhão, onde o turismo ainda pouco se faz sentir, o concelho com o maior volume de exportações de todo o Algarve, essencialmente proveniente da exploração de recursos naturais, nomeadamente da apanha de bivalves.
Temos assim, a industria do turismo como um mito que traz a riqueza e prosperidade à região, mas que na realidade obriga a avultados investimentos por parte das entidades publicas sem estarem devidamente salvaguardadas as contrapartidas de desenvolvimento que esses investimentos deveriam assegurar.
Quando os planos de ordenamento elevaram o turismo a eixo essencial do desenvolvimento, como o Plano Regional de Ordenamento do Algarve, estavam a dar uma machadada na exploração dos recursos naturais, nomeadamente nas pescas e agricultura, apesar da excelência dos solos, clima e recursos marinhos, induzindo, fomentando a destruição do sector produtivo. Daí a necessidade do recurso à importação de bens e produtos essenciais para a satisfação das necessidades da população, acrescentada pela flutuante, com especial ênfase para as horto-fruticolas e peixe.
E aqui temos uma forma como os planos e as estratégias politicas da governação, rosa ou laranja, estão completamente ultrapassados e a pedir a sua rápida revogação e substituição por outros que permitam o desenvolvimento da região, auscultando as pessoas, que não os habituais cretinos yes man funcionarios políticos, sobre as apostas de futuro.
Neste contexto de debilidade da economia regional, com um saldo bem negativo entre importações e exportações, agravada pela ausência de planos de desenvolvimento da exploração dos recursos naturais de uma forma sustentável, defendemos a saída do euro e o regresso ao escudo como forma de dinamizar toda a economia regional.
O euro enquanto moeda forte e sobre a qual o Estado português não tem qualquer poder para a pôr a flutuar, torna-se um empecilho para o desenvolvimento de uma economia que não tem capacidade competitiva com outras economias que utilizam essa medida e dela beneficiam.
PELA SAÍDA DO EURO!
PELO REGRESSO DO ESCUDO!
1 comentário:
Como é que se chegou a esta tabela não sei (diz o autor que foi elaborada a partir de dados do INE e eu não duvido). O que ela mostra é que a soma das exportações do Algarve não chegam aos 140 milhões de euros. O turismo em Portugal gerou no ano passado 9249,6 mil milhões de euros e o Algarve é responsável por a maior fatia destas receitas. Se as exportações do quadro inclui o turismo, como o autor afirma, é isso possível? E como seria possível que Faro estivesse à frente de Albufeira, tratando-se de recitas do turismo? Há aqui muita coisa misturada!
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