Doca de Faro só verá obras quando receitas chegarem para pagar o investimento
A Docapesca afirma não ter condições financeiras para, tão cedo, fazer obras na Doca de Faro, que apresenta sinais de degradação, com a queda de placas e outros problemas, como tem sido denunciado nos últimos tempos nas redes sociais e está à vista de quem utiliza aquele portinho de recreio.
Depois de a empresa ter anunciado, na semana passada, o lançamento de um concurso público «urgente» para a reparação do passadiço do Esteiro do Ladrão, no exterior da Doca de Recreio de Faro, o Sul Informação interrogou a Docapesca, que desde fevereiro assume novas competências como Autoridade Portuária, sobre se era sua intenção promover obras noutros locais agora sob sua jurisdição, nomeadamente na Doca de Faro.
O Conselho de Administração da Docapesca, presidido pelo algarvio e ex-presidente da Câmara de Faro José Apolinário, respondeu que «a passagem da gestão portuária para uma empresa implica o arrecadar das necessárias receitas para o desenvolvimento de investimentos, mesmo quando se trata de obras de manutenção».
«Neste sentido, importa sublinhar que, nestas áreas de domínio público, estão a ser utilizados tarifários não atualizados o que, naturalmente, prejudica e compromete os investimentos requeridos», acrescenta a Docapesca na sua resposta ao nosso jornal.
No entanto, garante, «o objetivo de gestão será garantir que as receitas oriundas da área da náutica e marinas de recreio possam assegurar os necessários investimentos».
Ou seja, não dispondo de verbas vindas do Orçamento de Estado, como acontecia com a IPTM ou acontece agora com a Administração de Portos de Sines e do Algarve, a Docapesca explica que as obras a fazer nas áreas que passaram para a sua jurisdição, nomeadamente nos portos de pesca e, no caso concreto, na Doca de Recreio de Faro, dependem da sua capacidade de «arrecadar» as «receitas necessárias».
No caso da Doca de Faro, os tarifários cobrados aos proprietários das dezenas de embarcações que aí se abrigam são considerados como «desatualizados», e não permitem, seguindo a Docapesca, garantir as receitas necessárias para as obras que é preciso fazer.
Um dos principais contestatários da situação atual da Doca é Luís Nadkarni, conhecido homem do mar farense. «Alguns dos muros da Doca estão a ruir a olhos vistos e ninguém faz nada, pondo em perigo as embarcações e os utentes da Doca», denunciou, em declarações ao Sul Informação.
Isto para já não falar da situação criada pela ponte do caminho de ferro, que não é móvel, e por isso, na maré alta, impede o acesso da maioria dos barcos ao portinho de recreio situado no coração da cidade de Faro. «Por causa disso, muitos barcos têm grandes dificuldades para navegar e sair ou entrar na Doca», uma situação que, segundo Luís Nadkarni, é agravada pelo «assoreamento que se regista há mais de uma década, sem nada ter sido feito para resolver a situação».
Nota: as fotos publicadas são da autoria de Luís Nadkarni, a quem agradecemos a sua cedência.
Noticia do Sulinformação on line
Nota do Olhão Livre: Palavras de José Apolinário, um ex-presidente da CMFaro, com muitas culpas no cartório do estado de degradação da Doca de Faro.
Os presidentes das autarquias são eleitos para zelar pelos interesses das populações,e Apolinário esteve quatro anos à frente da CMFaro: O que fez em defesa da segurança, das pessoas de Faro que são utentes desse Porto de Recreio, e que pagam a estadia no porto de recreiode Faro, mais cara que na Marina de Olhão.
Porque razão a Docapesca ,teve dinheiro para arranjar os pontões de protecção da Marina de Olhão, Marina essa que muitas embarcações pagam menos que no Porto de recreio de Faro, que está assoreado que temuma ponte de Caminho de Ferro não abre, tais situações levam que os proprietáriosdas embarcações de recreio e de pesca, tenham muitas restrições à entrada e saida desse Porto de Recreio, coisa que não acontece na Marina de Olhão.
Porque razão Apolinário faz obras em Olhão e diz que não faz em Faro? Será por o presidente da CMOlhão ser camarada de partido?
Sabemos que a situação da Marina em Olhão era calamitosa, e que eram urgentes as obras, pois desde que fizeram a Marina, NUMCA fizeram obras de manutenção, e as correntes das amarrações do pontões de protecção estavam por um fio, como se viu e aconteceu no Porto de Abrigo para a pesca artesanal(ao lado do T Local de embarque para as Ilhas da Armona Culatra e Farol),onde as correntes quebraram.
Será que as obras de manutenção e para a segurança das pessoas só se faz, quando houver lucro?
Mas será que não somos todos contribuintes do mesmo estado?Será que as pessoas podem ser ser trados de modo diferente?Não é Portugal um Estado de direito? Ou a cor da camisola tem influência nas obras?
Responda quem souber, mas não façam das pessoas parvas.
10 comentários:
uma pouca vergonha o que se está a passar na Doca de Faro.
O José Portada Apolinário só engana quem quer ser enganado, basta verificar que assume a presidência da Docapesca uma empresa estatal com linha politica do PSD.
Foi criado nas hostes do PS mas não recusou o convite do amigo Passos Coelho.
Pudera seria de recusar um ordenado de mais de 3000 euros fora o resto?
Carro ,ajudas de custo etc...
Os camaradas falam mas no silencio.
Parece que tinha andado em advocacia, mas agora já foi incluído como funcionario público.
Zè da Doca
A doca de Faro é património público ou não?
Agora as obras de manuteção no património público só se fazem quando o mesmo der lucro? Ai sim?
Então nem mais um euro para o covil da MAFIA em S.Bento que tem sido uma ignomínia no derreter biliões em prejuízo.
Vergonha nestes políticos?
Arre!!! Até quando?
Docas de Recreio e Marinas é só para países ricos... Enquanto faltar dinheiro para o BÁSICO, nem mais um tostão para luxos dos burgueses e dos sociais fascistas encapotados de defensores do povo!
longe vai o tempo em que o autor deste artigo defendia o proletariado e a classe operária, hoje defende a burguesia poltrona endinheirada frequentadora das marinas e docas de recreio
Com que jeito havemos de estar a pagar luxos com apoios a barcos de recreio quando há tantos portugueses sem casa e muitos sem que comer
Deixar avançar a degradação do paredão da doca "burguesa" de Faro e área envolvente, só porque o contrato com o CN não gera lucro suficiente? "Bom" exemplo de análise e decisão política para os proprietários cujas casas arrendadas não geram lucro suficiente para as obras necessárias.
A ralé mentecapta mais uma vez no seu melhor.
para quem nao sabe os ditos "luxos" que voces falam pagam impostos e geram emprego a muita gente se voces anonimos reclamam por existir um buraco na estrada ou um parque em mau estado porque nao posso eu reclamar por um cais em mau estado ?
ou será que chamam luxos por terem inveja de nao terem barco?
MEDIANTE OS COMENTÁRIOS QUE AQUI ESTÃO O APRENDIZ ANDA SE A DEDICAR Á LEITURA , PELOS COMENTÁRIOS QUE VEJO CONTRA O AUTOR DO BLOG SÓ ELE PODERIA TER INTRESSE EM OFENDER O AUTOR DO BLOG É O UMA PENA QUE A EDUCAÇÃO SEJA TÃO CARA E ESCASSA NESTE PAÍS!!!
Os ditos luxos não são prioridade face à situação em que o pais se encontra. É de prioridades que estamos a falar. Não tente passar um atestado de estupidez aos comentadores deste blog, para tapar o sol com a peneira.
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