É, hoje, apresentado no auditório da Biblioteca Municipal o Plano de Mobilidade Interurbana, que conta com a participação do secretario de estado dos transportes, que mais parece estar em gozo de ferias no Algarve, a expensas do estado, e por isso aparecendo em tudo quanto é canto da moirama.
A mobilidade interurbana deveria visar, em primeiro lugar, uma maior ligação entre o barrocal e o litoral, mas por detrás destes planos, são sempre equacionados taxas de rentabilidade que não têm em conta o isolamento das populações, induzindo à desertificação das zonas interiores, agravada pela falta de infraestruturas como creches, infantários, escolas, hospitais ou encerramento de outras por parte do governo deste secretario de estado.
Como não podia deixar de ser, cada uma das autarquias olhou para o seu próprio umbigo, desvalorizando o do concelho vizinho, chamando para si o maior quinhão.
Este Plano de Mobilidade não passa de um embuste com o qual pretendem fazer esquecer a cobrança de portagens na Via do Infante, com os partidos do arco do Poder a defendê-las e os da oposição a dizerem que são contra, mas sem mexer uma palha para as combater.
É assim que o aprendiz de presidente da Câmara Municipal de Olhão, depois de ter chamado de filhos da puta aos membros do governo, se prepara para questionar o secretario de estado sobre as verbas para a Variante Norte à Estrada Nacional 125.
Ora, se a 125 não é alternativa, a variante o é menos, o que não invalida a necessidade de uma variante que tire o transito do interior da cidade, onde a autarquia, com mais bolsos que o dinheiro que fluía de certas obras, permitiu a edificabilidade e muito especialmente o comercio em cima da estrada nacional, transformando-a numa avenida maior.
A verdade, é que a Avaliação de Impacto Ambiental da Variante Norte à 125, foi chumbado, sendo por isso necessário um novo traçado, sem o qual, não há variante e muito menos dinheiro para uma obra de faz-de-conta.
António Pina sabe-o, como sabe que o governo de Sócrates transpôs para o direito interno, a Directiva Comunitária sobre a Avaliação de Impacto Ambiental de forma deficiente. E essa deficiência permitia que desde que estas intervenções estivessem previstas nos planos de gestão territorial, estariam dispensadas da Avaliação de Impacto Ambiental. Mas nem assim a Câmara Municipal de Olhão, usou dessa "benesse" para fazer a Variante, porque oura e simplesmente nunca a pensou fazer.
Que quer agora, o aprendiz de presidente?
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