quinta-feira, 9 de julho de 2015

RIA FORMOSA VOTADA À DESTRUIÇÃO!

Para aqueles que nos seguem e sabem que uma das nossas bandeiras tem sido o combate aos crimes sociais, económicos e ambientais da Ria Formosa, trazemos hoje mais umas farpas às entidades publicas que gerem os destinos da nossa Ria.
Diz o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa que não se podem construir novas ETAR na sua área de intervenção, mas os senhores do Parque deram o seu parecer favorável no processo de Avaliação de Impacto Ambiental. Processo esse para o qual apenas foram convidadas a pronunciar-se outras entidades publicas como a RTA ou o IPMA, e que deram o aval a esta canalhice.
Já todos nós sabemos que as direcções destas instituições são nomeadas politicamente e que devem obediência canina às instruções do patrão Governo e como tal não poderiam contrariar as perspectivas daquela Avaliação, porque era do interesse do patrão que se construísse a nova ETAR onde não devia.
Para remover uma percentagem de azoto e fosforo, são utilizadas algumas espécies de fitoplancton que depois sai nas descargas das águas, ditas tratadas, colorindo-as de verde, vermelho ou outras cores. Esse fitoplancton vai consumir o oxigénio presente na agua da Ria. Os bivalves, com a subida das temperaturas, precisam de mais e mais oxigénio, e se lhos cortam, podem vir a morrer por anoxia.
Conjuntamente com a caca em suspensão, este fitoplancton, integra aquilo que eles designam pelo nome pomposo de Sólidos Suspensos Totais, que turvam as águas da Ria, não permitindo que as plantas de fundo, a seba, que têm como uma das suas funções, a produção de oxigénio, não realizem a fotossintese, processo pelo qual é produzido o oxigénio.
E como um mal nunca vem só, aquele fitoplancton descarregado faz-se acompanhar por um outro que em determinadas condições ambientais, degenera em biotoxinas, produtoras de diarreias, amnésia ou paralisias e que por isso é interdita a apanha dos bivalves.
Por outro lado, os nossos tecnicos, atribuem como causa de morte da ameijoa, uma patologia que tem na caca em suspensão, o meio adequado à proliferação do seu agente, o parasita Perkinsus Atlaticus que ataca as vias respiratorias da ameijoa, conduzindo-a à morte.
Com a subida das temperaturas, é previsivel uma elevada mortandade de ameijoas!
Bastaria isto para que todos aqueles que vivem de e na Ria, e até mesmo na costa, estivessem contra a construção da nova ETAR, mas a maioria, mesmo os interessados directos, estão num estado de letargia provocada pela influencia do Presidente da Câmara, que escondeu o edital da Avaliação de Impacto Ambiental.
Um dos principais defensores da poluição na Ria é precisamente António Pina, o presidente, que não resolve o problema dos esgotos directos e sem qualquer tratamento e que está ainda associado às más praticas da Aguas do Algarve na sua qualkidade de vogal do conselho de administração.
Até quando?

1 comentário:

tó da ilha disse...

como é a vida de um viveirista, apos um ano com a APA a dizer que nao sabia ainda como iria proceder ao concurso ou leilao ou seja la o que seria, aconselhando os viveiristas a nao fazerem grandes investimentos pois poderia haver o risco de apos 28 junho de 2015 os viveiros mudarem de proprietario, agora apos esse tempo a APA que envia uma carta a prolongar mais 12 meses ou seja ate 28 de junho de 2016 ou seja vao ficar os viveiristas mais um ano na incerteza este ano nao investiram com medo e agora o ano que decorre vai ser igual pois pergunto eu.
se as ameijoas demoram sempre mais de 1 ano para que tenha alguma valor comercial como vamos investir em ameijoas se daqui a 1 ano se corre o risco de o viveiro mudar de proprietario? ou seja mais um ano a viver na incerteza.