sábado, 30 de julho de 2016

ALGARVE. O QUE NOS ARRANJAM AS FAMIGLIAS POLITICAS!

O post de hoje tem duas partes distintas mas que se completam.
                                                                                   I
O video acima, já com algum tempo mas sempre actual, mostra bem como funcionam as famílias politicas neste canto, onde temos um Povo que tem mais de borrego do que de carneiro, tal o estado de letargia em que se encontra.
Os partidos do arco da governação fazem aprovar leis contendo alçapões para poderem escapar às malhas da justiça e chegam ao despudor de se sentirem indignados quando alguém os confronta com a qualidade da politica criminal, nomeadamente no campo da corrupção. 
Neste video, pode ver-se o deputado que roubou o gravador ao jornalista que o entrevistava, incomodado com as declarações da Procuradora Maria José Morgado na Comissão de Acompanhamento para a Corrupção, como se houvesse alguma ofensa pessoal, no que foi acompanhado por outros.
Isto ajuda a compreender as dificuldades que nos são impostas quando denunciamos menos claras e transparentes, do Poder local, em muitos casos com indícios de corrupção. E como se pode ver, um dos factores onde estão mais presentes esses indícios, é precisamente no Urbanismo, alvo preferido das nossas denuncias.
Mas vejam o video para perceber melhor de alguém insuspeito na matéria de combate `corrupção.
                                                                                      II
Francisco Leal, ex-presidente da Câmara Municipal de Olhão, a contas com a justiça por indícios da prática de crimes na aprovação de projectos urbanísticos à margem das regras dos Regime Jurídico da Urbanização e Edificação e ainda dos Planos de Gestão Territorial, foi, mais uma vez nomeado coordenador autarquico regional do partido dito socialista, como se pode ler em http://www.postal.pt/2016/07/francisco-leal-novamente-a-frente-da-batalha-eleitoral-autarquica-pelo-ps/.
Cabe-nos perguntar como é que um partido que se diz aberto e transparente, nomeia para um lugar com tamanha responsabilidade e poder de decisão a nivel regional, um individuo com processo pendentes, susceptíveis de determinarem a sua prisão.
Nas ultimas eleições autárquicas, na mesma função, rejeitou o candidato proposto para cabeça de lista no concelho de Lagoa, propondo um outro em sua substituição, desvalorizando assim, o papel da respectiva concelhia.
Nos últimos tempos Leal tem procurado, sem sucesso, criar uma secção socialista na Fuzeta, que lhe permitisse fazer o braço-de-ferro com a concelhia de Olhão, por quem não morre de amores.
E se em relação ao apoio ao Pina já manifestou ter-se tratado de um erro de casting, também não é menos verdade que os seus amores pelo outro potencial candidato, o actual presidente da Junta de Freguesia de Olhão, não são os melhores, quanto mais não seja por razões familiares do pretenso candidato.
Sendo assim, é muito possível que o Leal venha a avocar o processo de indigitação do cabeça de lista para Olhão, promovendo um outro candidato que até pode ser ele próprio.
A acontecer, seria a segunda vez que um órgão regional do partido dito socialista, entra em ruptura com a concelhia, dando o dito por não dito e reduzindo a concelhia à mera gestão da sua sede local.
Leal e Pina, farinha do mesmo saco, entendem que embora eleitos pelo partido não têm que lhe prestar contas como se fosse por eles que o PS ganha as eleições. É verdade que ambos construíram, ou tentaram, um enorme sindicato de voto, mas ainda assim insuficiente para a vitória que a cada acto eleitoral vem perdendo expressão.
Pode ser que desta vez, e oxalá aconteça, caia um dos últimos bastiões socialistas, porque Olhão precisa de mais e melhor.

9 comentários:

Anónimo disse...

Quem não deve não teme, muito menos se incomoda com a forma como é exposta e denunciada a corrupção - o bicho não se conteve. Maria José Morgado, um exemplo, uma referência, um farol de esperança de que ainda há gente séria, incorruptível, competente, com coragem para enfrentar a MAFIA e seus agentes.

Anónimo disse...

O que nos arranjam as famílias políticas? ou O que nos arranjam os gangs políticos? Foram quarenta e tal anos de travessia no deserto, mas chegados ao oásis da democracia é um fartar vilanagem. O sacrifício valeu a pena, excedeu tudo o que imaginaram de rentável.

Anónimo disse...

Moss, o que pensar, seja de quem ou do que for, interveniente ou responsável pela defesa, pela segurança, pela vigilância contra bandidos e fique com "frenicoques" quando há um alerta para as vulnerabilidades dessa mesma defesa, segurança ou vigilância? Põe-se a jeito de, até prova em contrário, ser ou estar conivente com o bandido. Dá para entender ou precisa desenho?. Não basta ser ... tem de parecer...até no sanitário, como lembrou o mestre da traineira geringonça.

Anónimo disse...

A melhor armadilha para apanhar bicharada tem de ser aberta,transparente,...acima de qualquer suspeição maléfica. Vai lá, vai... vacina perpétua.

Anónimo disse...

Como é possível o Francisco Leal estar a contas com a Justiça por indicios da pratica de crimes na aprovação de projectos urbanisticos à margem das regras dos Regimes Juridicos da Urbanização e Edificação e ainda dos planos de Gestão Territorial e ter
sido nomeado coordenador autarquico Regional do Partido Socialista para o Algarve?

Então o António Costa consentiu que o Leal fosse proposto para tal cargo?

Então os que votaram, além dos que estão dependentes do Ministério da Segurança Social, também concordaram?

Então e o Diretor Regional do Algarve do Partido Socialista?

Estamos perante uma situação muito critica que ensina todos os socialistas a que
devem estar indiciados por irregularidades para que possam ser promovidos.

Em qualquer parte do mundo os suspeitos não aceitavam tal nomeação.

Que programas o Ministério da Educação tem previstos para ensinar à futura geração
estes métodos com a chancela de SOCIALISTA?

Anónimo disse...

Moss, qual socialista, mas qual quê mó?? Salvas as devidas honrosas excepções, oportunistas xuchialistas. Xuchado, xuchado... o rebanho ovelhum até à exaustão, a troco da droga ilusão do bem estar assassino. A manha da MAFIA tuga é única, não tem comparação.

Anónimo disse...

Requisitos:
1)Procuradorias com capacidade humana,técnica e material que permita a caça bem processada de algum "pavão:
2)Sendo a dura a lei a pena é gorda e contar a história diminui a cadeia,o horizonte tem que ser a cadeia que pulseiras e recursos é papa para os pavoneantes advogados.
3)Delação premiada com resultados fortes e passa-se ao pavão chibado e denunciado.
4)Suspeitas fortes de corruptelas e mandriagem na alta direção do Estado que justifique a montagem da máquina investigatória.
Penso que o único dos requisitos que em Portugal preenchemos de sobra é o quarto dos outros nunca vimos nem residualmente em Portugal.
Se aplicados a comichão aparece como se viu ontem no Brasil...
OS DE CÀ.

Anónimo disse...

Apartidarização política em tudo o que é funcionalismo público. Com a excepção dos cargos temporários de nomeação política definidos na Assembleia da República, tolerância zero para a filiação política partidária, ou conivente com a mesma, tal como é imposto às Forças Armadas. Expulsão imediata, sem apelo, para a infracção. Entrada e progressão na carreia por mérito próprio através de concursos nacionais. Um dos oásis da MAFIA ficava seriamente abalado. A continuar o regabofe dos "job for the boys" o pântano mais pantanoso e o rebanho cada vez mais esmifrado, sacaneado.
OS DE LÁ

Anónimo disse...

Só a autoridade democrática que advém da eleição por voto universal, só a independência partidária (muito de ilusão mas realidade possível) inerente à função do Presidente da República poderia nomear/constituir uma Procuradoria totalmente dependente de si, com poderes absolutos de investigação e penalização da criminalidade política ( por todos os motivos, a pior que destrói qualquer democracia ). Se o Presidente da República não tem esse poder,não tem, que o assuma, nem que seja imposto pelas Forças Armadas. Para o bem, tempos para se ser revolucionário como o Papa Francisco alertou e pediu. O povo de qualquer Estado, não pode, não merece ser roubado, escravizado, destruído por cáfilas, por gangs, que se aproveitam das vulnerabilidades do "esquema" democrático por si arquitectado.
OS DE LÁ