terça-feira, 19 de julho de 2016

CULATRA: POLITICOS TRAEM OS MORADORES DA CULATRA!

Hoje dia 19, celebram-se os vinte e cinco anos da Associação de Moradores da Culatra tal como têm feito desde o inicio. Só que desta vez, há uma alteração significativa na lista de convidados.
Em entrevista ao jornal Barlavento, e que pode ser acompanhado em http://barlavento.pt/regional/moradores-da-culatra-celebram-aniversario-sem-convidar-politicos-ou-entidades-publicas, Silvia Padinha, a conhecida presidente da Associação, dá a conhecer as razões para aquela alteração.
No fundo, os moradores da Culatra sentem-se atraiçoados por uma classe política muito fértil em promessas mas muito parca em cumpri-las.
Ao longo dos anos temos acompanhado a situação das ilhas barreira e muito particularmente o desta comunidade piscatória, que a classe política tende a destruir através de acções concertadas e programadas no tempo, promovendo planos de ordenamento contrários ao interesse das populações, mas também criando as condições para a sua degradação económica e social, poluindo, destruindo e matando aquilo que lhe pode dar o sustento.
E não se pense que as acções previstas são inocentes, mas antes programadas ao milímetro para num futuro muito próximo correr com os moradores da Culatra.
Na verdade, o Regime Jurídico dos Planos de Gestão Territorial, previa a revisão dos planos de ordenamento, decorridos três anos após a sua entrada em vigor, desde que as condições sociais e económicas não estivessem de acordo com as perspectivas criadas pelos planos de ordenamento que incidem sobra a Ria Formosa.
Todo o mundo sabe que ao longo dos anos, tem vindo a desaparecer a "sebarrinha", as plantas de fundo que servem de agasalho aos juvenis das espécies presentes na Ria Formosa. O desaparecimento da sebarrinha levou mesmo a Sociedade Polis a promover a "adopção" de pradarias marinhas, pradarias que entretanto o Polis, no seu processo de dragagens, destruiu.
Os esgotos directos, sem qualquer tratamento, o péssimo funcionamento das ETAR, as descargas de nutrientes agrícolas, que embora sendo do conhecimento das autoridades, afectam a fauna e flora da Ria Formosa, pondo em causa o seu equilíbrio ecológico, onde os moradores da Culatra buscam o seu sustento.
Tanto o PS como o PSD, durante a ultima campanha eleitoral comprometeram-se com os moradores da Culatra em definir o estatuto político-administrativo, mas não tiveram tempo para o fazer, nem o irão fazer, porque o objectivo final, é correr com as pessoas.
Se aos pescadores da Culatra lhes for tirado a sua fonte de rendimentos, estes terão de o procurar em terra e aí as suas casas podem vir a ser consideradas de segunda habitação, estando criadas as condições para a respectiva demolição.
E tanto assim é que para a elaboração do POOC, uma das entidades chamadas a pronunciar-se, o Turismo, encomendou um estudo sobre a capacidade de carga da Praia do núcleo da Culatra, onde se perspectivava criar uma zona de "excelência", não para os moradores mas para o turismo, e que daria uma certa privacidade aos veraneantes, mas com custos que os moradores locais não podiam comportar, tudo em nome da "conservação" da natureza.
Quando se fala de privacidade, é óbvio que se pretende afastar as pessoas com a pele curtida pelo sol e salitre, por serem segundo eles, feios,porcos e maus, para dar lugar àquelas "lulas" brancas que por terem dinheiro, se tornam nos donos do mundo.
Mais que razão para estarem indignados e revoltados com esta classe política, têm os moradores da Culatra, a quem tudo prometeram e nada cumpriram, atraiçoando-os.
MORTE AOS TRAIDORES!

2 comentários:

Anónimo disse...

Traição?Nada de novo. O objectivo estratégico mais ou menos disfarçado é afastar a plebe tuga para dar a possibilidade da MAFIA, através dos seus lacaios políticos, poder desenvolver os seus negócios livres de constrangimentos.

Anónimo disse...

Mas a Silvinha que se dá tão bem com os políticos de Faro não os convidou?
Mas recebeu a medalha!!!!