quinta-feira, 3 de agosto de 2017

FUZETA: TUBARÕES ATACAM...

Como sabem o tubarão é um esqualido temido pelos dentes afiados, capazes de dilacerar um corpo humano em poucos segundos. Mas há uma outra espécie de tubarão tão ou mais perigoso que aquele, que é o próprio ser humano. Não serão todos, mas alguns habitam entre nós.
Esta outra espécie de tubarão não reconhece a importância das pessoas alimentando-se única e exclusivamente de dinheiro, mesmo que isso signifique a destruição de comunidades inteiras. Matreiro esta espécie especializou-se na arte de prometer o céu e a terra em beneficio das comunidades que depois vai devorar.
                                 Este tubarão prepara-se para atacar na Fuzeta!
Antes de desenvolvermos o que pensamos, recordamos alguns episódios recentes do ainda presidente da câmara municipal de Olhão e que acreditamos estarem em perfeita conjugação com o ataque do tubarão, em preparação.
O presidente da edilidade, António Pina, afirmou pretender destruir o Parque de Campismo da Fuzeta, alegando que o pretende transferir para outro local, e em seu lugar construir um eco-resort.
Mais recentemente lançou a ideia da aquisição de uma draga para manter os canais da Ria em perfeitas condições de navegabilidade.
Vem agora a empresa Verbos do Cais, adiante designada por Verbos de Encher os Bolsos, pela boca do presidente da sua assembleia geral dizer que pretende ficar com a gestão da Zona Ribeirinha da Fuzeta, assim que tal for posto a concurso.
Algo semelhante se passou com a exploração do Porto de Recreio de Olhão, com um concurso que só os interessados tiveram conhecimento, e onde foi providencial a intervenção do Pina. Pergunta-se como irá ser divulgado esse concurso?
E avança deste logo com a proposta de criação de um porto de recreio que até um estudo de impacto ambiental favorável. Em relação ao estudo de impacto ambiental temos a dizer que ele até pode ser favorável por se tratar de uma encomenda, porque o que conta é a Avaliação de Impacto Ambiental e essa foi desfavorável, quando foi para desenvolver o porto de pesca. Seria engraçado, mas também não espantaria, que depois de ter recusado para a pesca, viessem agora aprovar o mesmo mas para a náutica de recreio.
E como não podia deixar de ser, a sacramental promessa da presença "permanente" de uma "dragueta" para manter o canal e a barra desassoreados a expensas da empresa. Então e como é que a empresa seria ressarcida do investimento e custos? Com a náutica de recreio?
Na imagem que acompanha as declarações, ver em http://barlavento.pt/regional/verbos-do-cais-quer-investir-na-fuzeta, podem ver-se os barcos da pequena pesca artesanal amarrados ao cais poente enquanto os da náutica de recreio no lado nascente. Com a mudança de gestão e dado que a Verbos de Encher os Bolsos aposta na náutica de recreio, será natural a troca de lugares, passando a pequena pesca para o lado nascente.
Esqueceu-se o apresentador da Verbos de Encher, as questões ambientais, o que é natural, desde que se fale de negócios. Então e a capacidade de carga do tráfego marítimo? Ou será que os "seus" barquinhos não vão despejar o veneno na Ria? Não vã eles ajudar a poluir mais este troço da Ria?
De repente esclarece que a Docapesca, onde pontificou e ainda tem muito peso lá dentro o amigo do Pina, José Apolinário, é o parceiro principal e está disponível para entregar aos privados tudo o que não sejam portos de pesca e lotas. Mas há mais alguma coisa ali?
Mas também diz que há um interesse genuíno em ceder as frentes ribeirinhas aos municípios, não diz é de quem são esses interesses, o tal que vai permitir ao Pina, se não for despedido em Outubro, de destruir o Parque de Campismo e não só, porque os bares, as casas de apetrecho de pesca e até o espaço lúdico, onde os reformados se entretêm a jogar à malha ou pétanca, é tudo para correr dali para fora.
Ou seja, de grão em grão vão expulsar o Povo da Fuzeta do seu ultimo reduto, mandando-os para lá da estação.
Pode no entanto acontecer que o Pina seja corrido antes disso tudo, mas é bom que o Povo da Fuzeta se prepare para a luta, começando por exigir a revogação do decreto que permite estas permutas.
Em primeiro lugar devem estar as pessoas. Apostar nos negócios em prejuizo das populações, NUNCA!
ABAIXO O PINA!

13 comentários:

lena disse...

Oh isso não! Não podemos deixar isso acontecer ! O que gosto na fuzeta é isso mesmo a simplicidade ! Se deixam está gente entrar aí acontece o mesmo que na praia verde !

Anónimo disse...

Hoje o tubaranito Pina vai oferecer um almoço ao pessoal da AmbiOlhão e na semana passada ofereceu um almoço ao povo da câmara. Eles a comerem à grande e à francesa e os filhos de Olhão a verem!Paga o Pina ou pagamos todos nós. Cambada de aldrabões!

Unknown disse...

Ainda não se apercebeu,que nada será como dantes?Os umbiguistas só querem money,money?T.N.

Unknown disse...

Também distribuem cabazes de iguarias nesta altura,ou só no Natal?T.N.

Anónimo disse...

MAFIA.

Anónimo disse...

Esses almoços são para os lacaios votarem nele. Ele agora no fim dos almoços bota discurso para prometer emprego para os filhos dos lambe-botas quem é que consegue acabar com a corrupção, se até os pequenos vão atrás das promessas. É o país que temos.

Anónimo disse...

para esta pseudo-câmara que mais parece uma imobiliária, o povo é tratado como folclore, ali bem lembrado nos símbolos do passado (ou em exposições históricas de arquivo que fazem exclamar: "como olhão e todo o concelho eram únicos ou caraterísticos!"; ou em homenagens aos feitos e bravuras dos pescadores; ou em peças de teatro que lembram o falar e os costumes; etc.). Tudo o que é presente e se quer como futuro é a exclusão do povo em função de interesses e de negócios - na fuseta, um justo porto de pesca que não passará de um sonho; uma barra que não foi dragada na localização que a experiência de vida de quem trabalha no mar sempre aconselhou; agora um eco-resort que destrói um espaço verde e um parque de campismo competente e que vai arrasar com todas as infraestruturas de pesca à volta, remetendo toda a identidade e vida de trabalho para a "periferia" da vila... e depois vêm as embarcações do turismo, a animação e os equipamentos de lazer artificiais e normalizados que descaraterizam a vila e até diligências para novas dragagens para que a circulação náutica se faça sem problemas... MÓCE! NÃ INVENTEM E VÃO DAR BANHO AO CÃO! LUTEMOS POR UMA FUSETA VERDADEIRA, DOS PESCADORES, DAS POPULAÇÕES! RESPEITEM OS NOVOS TURISTAS QUE PRETENDEM A AUTENTICIDADE E O CONTATO SIMPLES COM AS COMUNIDADES LOCAIS! ABAIXO ESTE PODER INSTALADO (PINA E QUEM APOIA OS SEUS PROJETOS COMPLETAMENTE DESAJUSTADOS!) QUE ENGANA AS PESSOAS E FAVORECE OS ARTISTAS COM ALMA DE NEGÓCIO!

Anónimo disse...

Interessante, a conversa da compra da draga pelo município de Olhão vem na mesma altura em que vai ser preciso uma draga para essa empresa Verbos de encher. Ainda pagamos nós munícipes as infraestruturas e material a uma empresa privada. Chamem-lhes parvos, brutos, analfabetos e ignorantes, um advogado destes e um presidente da Câmara que nem o verbo haver sabem conjugar, sabem mais a engendrar negócios que nós todos a dormir.

Anónimo disse...

Qual povo, quais pescadores qual quê. De uma vez por todas não entendem que a seita dominante desta república, a MAFIA, está-se cag... para pescadores e outros tais que não servem os seus interesses de enriquecimento rápido a qualquer custo.

Anónimo disse...

lol na fuseta quem tem dinheiro faz o que quer e ninguém pia

Anónimo disse...

Estes comentários são feitos por papalvos na hora da votação todos vão a correr a favor do poder.
Tudo não passa de mais um copo o que a maioria quer é ao fim da tarde uma imperial e um prato de tremoços.
O António Pina vai dar uma cabazada aos do contra.

Anónimo disse...

Ao que parece ja foi adjudicada uma licença para a construção de uma barraca com 35m2 e uma ponte para os barcos dessa empresa, para que os bifes possam ir verem os golfinhos..

Anónimo disse...

Mas que azia é esta por verem investimento feito por outros?! Eu não posso fazer por isso não faço, mas tenho noção de que investimento seja público ou privado, quando em comunhão com o existente, trará vantagens a quem o faz e aos restantes que lucram com o desenvolvimento resultante dele. Infraestruturas trarão a todos desenvolvimento económico e social!