De há anos a esta parte que levantamos o problema da poluição na Ria Formosa, seja ela provocada pelas ETAR ou pelas descargas directas e sem qualquer tratamento.
Não podemos deixar de alertar as pessoas para o facto de as ETAR, por melhor que seja o seu nível de tratamento, continuarem a poluir a Ria Formosa, enquanto os seus efluentes não tiveram como destino final a reutilização para fins agrícolas. Para aqueles que têm duvidas sobre a qualidade do efluente bem ou mal tratado, convidamos-los a procederem a um colheita de efluente tratado numa garrafa de plástico e verem o que se passa com ela após a decantação.
No caso dos esgotos directos, o problema é mais complicado e não existe apenas em Olhão, pois Faro e Tavira também os têm embora em muito menor quantidade.
Por despacho de Fevereiro de 2014, foi incumbida de proceder á monitorização dos pontos de descarga, a Administração da Região Hidrográfica, que elaborou alguns relatórios, que nunca foram tornados públicos, apesar do interesse publico que os mesmos merecem. No entanto a Câmara Municipal de Olhão, que chegou a ter uma funcionária sua junto daquela entidade teve conhecimento dos relatórios, que também ela não os deu a conhecer.
Antes daquele despacho, em Novembro de 2013, a Ria Formosa, enquanto zona de produção de bivalves, foi completamente desclassificada para classe C, o que não permitia a sua apanha. Nessa altura o presidente da câmara, perante um auditório repleto, afirmava ter quinhentos mil euros para acabar com os esgotos directos, sabendo de antemão que esse dinheiro não chegava nem para começar. Enganou alguns, mas não enganou todos!
Entretanto, viria a afirmar ter reduzido o caudal dos esgotos directos em 60%, para no recente discurso de tomada de posse na sua reeleição, ficar-se por escassos 20%.
Ora, os esgotos directos, são fruto de ligações de esgotos domésticos ligados às redes de aguas pluviais, pelo que sem eliminar essas ligações não é possível reduzir e muito menos acabar com as descargas directas, que diariamente poluem a Ria Formosa.
Poluição essa que tem consequências não só para a fauna como para a flora da Ria Formosa, pondo em causa a existência de algumas espécies, como a seba(que faz parte das florestas marinhas altamente protegidas por lei),e o cavalo marinho, este em vias de extinção, e outras. Obviamente que não será apenas a poluição, mas pelo menos salta aos olhos de todos que assistem às descargas directas.
O vídeo que publicamos acima, é da autoria de um turista que gentilmente nos cedeu, queixando-se do crime ambiental que ali estava a ser cometido e que é única e exclusiva responsabilidade da autarquia, que leva há anos para resolver este grave problema, enquanto promete obras megalómanas para enganar o Povo de Olhão. E este problema que deveria ser considerado uma prioridade é na perspectiva do edil um mal menor.
Com papas e bolos se enganam os tolos, e é assim que o presidente procede, enganou os eleitores com rebuçados envenenados!
2 comentários:
Para a marina vão milhões e da etar saem cagalhões. Sejam felizes.
Este menino Presidente da Camara de Olhão tem pautado a sua conduta descaracterizando Olhão. As marcas de Olhão sempre foi a pesca e a industria conserveira, este menino agora é só turismo, afunilou o desenvolvimento da economia no turismo, e o turismo não trás só divisas, quando trás, encareceu também e muito o custo de vida dos olhanenses.
São opções de menino, coisas de criança.
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