quarta-feira, 29 de novembro de 2017

OLHÃO: GANÂNCIA SOBREPÕE-SE À QUALIDADE DE VIDA!

As populações, em geral, não prestam atenção à falta de qualidade de vida que se vive nas cidades, estando habituadas a aceitar com naturalidade aquilo que o Poder político apresenta como sendo uma virtude.
Os espaços verdes de utilização colectiva conferem ao meio urbano mais qualidade não só porque servem para filtrar a poluição do ar, do ruído, cada vez mais presentes como para o lazer em especial dos mais novos.
E por isso, os planos de gestão territorial, impunham que nas operações de loteamento fossem fossem cedidas determinadas determinadas áreas para esse fim.
No caso de Olhão, o PDM que pode ser lido em http://mapa.cm-olhao.pt/docs/PDM_OLHAO_50_95.pdf, o artigo 84ª, estipulava que tais áreas de cedência deviam ir até aos 50% da área bruta de construção. Quando não se justificassem a cedência de tais áreas, e isso é a autarquia quem decide, dariam lugar ao pagamento de um determinado valor em conformidade com o artigo 85º, ou seja ao pagamento de metade daquelas áreas pelo valor de mercado.
Para uma melhor compreensão, e a titulo de exemplo diríamos que no caso de um loteamento de 100 fogos com 100 metros quadrados cada, as áreas de cedência seriam de 5.000m2.
100X100=10.000;2= 5.000m2      
Supondo que o m2 teria o valor de mercado de 200 euros, então o Município arrecadaria metade dos 5.000m2 (2.500m2)X 200=500.000 euros.
Acontece que a Câmara Municipal, e quase todas do País enveredaram pelo mesmo caminho, entenderam que era um valor demasiado elevado para a ganância dos patos bravos, logo resolveram engendrar uma formula que reduzia substancialmente aquele valor, utilizando para isso uma coisa chamada de Regulamento Municipal da urbanização e Edificação, como a seguir se explica.
                                                            K1xK2xA1xV:10 em que
K1=0,015;  K2=0,60;  A1=2.500; V200
Feitas as contas: 0,015x0,60x2500x200:10= 450 euros
Deste modo, os patos bravos, gananciosos, esfregaram as mãos de contentes, porque viram os seus custos reduzidos à milésima parte, e que claro preferiam pagar aquele pouco do que entregar os tais dois mil e quinhentos metros quadrados para espaços verdes e equipamentos de utilização colectiva, ainda que á custa da qualidade dos empreendimentos e da vida dos futuros moradores.
E por isso as cidades e vilas deste País que aderiram a esta forma de gestão autárquica, foram-se desenvolvendo sem espaços verdes e equipamentos colectivos, onde as nossas crianças e jovens tenham a oportunidade de brincar e praticar desporto de forma livre e expontanea.
É este o futuro que queremos para as nossas cidades? 
ACORDEM! 

8 comentários:

Anónimo disse...

Entao, mas vocês não defendem a circulação de veículos nas praças?
Os carros não poluem?
Não tiram espaço aos peões?
Não são um símbolo do capitalismo?

Haja coerência, se defendem o uso massivo de veículos nas praças, não podem falar de poluição nem ualidade de vida.

Anónimo disse...

Toma que já almoçaste terra!

Anónimo disse...

mom mê menine das 19.24, então tu que mandaste a mamona da tua amiga, fazer propaganda dos carros não passarem a sul das praças vens agora dizer que os carros é que poluem?Mais polui a estação elevatória ao pé das praças do peixe que tá dia sim dia não avariada e que de noite descarregam merda directa para a ria, que todos os carros a passarem a sul das praças ao longo de 100 anos.

Anónimo disse...

oh maluco ,queres que ande kms ate a praça ,mandaram-me para a serra quando vivia na baixa o que queres que faça. olhao è para os turistas não para os naturais da terra

a.terra disse...

Caros coentadores:
No lado sul dos mercados sempre houve circulação rodoviaria; o que nunca houve foram esplanadas, embora nada tenhamos contra elas. Até aqui, a circulação automovel era permitida até ao meio-dia, encerrando de tarde, para dar lugar às esplandas. O que se pode dizer é que os passeios estão ocupados com esplanadas, quando eles foram concebidos para os peões circularem. embora se admita uma função multi-usos. De qualquer das formas quando defendemos a circulação automovel no lado sul dos mercados, tem a ver essencialmente com o funcionamento dos proprios mercados, na sua actividade tradicional e para o qual foram concebidos, permitindo o trabalho de cargas e descargas e a utilização das carrinhas como armazém de suporte a essas actividades. Proibir a circulação automovel, pura e simples, é levar ao fim da função para que foram concebidos os mercados.

Anónimo disse...

Proibir a circulação automovel, pura e simples, é levar ao fim da função para que foram concebidos os mercados.
Notavel.
E quantos carros existiam em Olhao quando foram construidos os mercados? As pessoas nao iam a pé, até vindas do campo?

Os carros representam uma funcao de cidade peri urbana capitalista: vive se nos suburbios, os centros sao para os ricos, e a maralha vem de carro aos jumbos e cia para fazer compras.

Defender os carros e a sua circulacao é pura e simplesmente defender esta nocao de cidade capitalista, pois quem é pobre, pura e simplesmente anda a pé.
Gasta se gasolina, da se dinheiro aos empreiteiros que constroem fora da cidade, paga se parquimetro e vaza se a cidade das suas funcoes.

Quem vai a praca nao sao os carros, sao as pessoas. E quem gasta o dinheiro nas pracas e nas ruas circundantes nao sao os carros, sao as pessoas. Se existirem menos carros, existem menos pessoas, logo, havera mais gente e mais dinamismo no comercio local

Fico pasmado ao ler a defesa da circulacao automovel neste blog, quando por toda a europa (e ate mesmo em muitas cidades norte e sul americanas), cada vez mais se aplicam modelos que afastam os carros dos centros das cidades, com grande sucesso, modelos estes que advem de pressoes ecologistas e da esquerda, nas quais me revejo.

Acabar com o transito nas pracas - e ate em todo o centro da cidade de Olhao - seria de facto uma politica a aplaudir, devolver a cidade as pessoas e transformar a baixa de Olhao num local onde as pessoas possam usufruir da sua cidade com qualidade de vida e sem o incomodo e a poluicao dos veiculos.

Peco vos que se instruam p.f. e revejam a vossa opiniao, as novas concepcoes e modelos urbanos apontam sempre no mesmo sentido: retirar carros daas ruas e devolver as ruas as pessoas.

Anónimo disse...

oh maluco,as pessoas vinham de carro de mula não a pè,sò dizes asneiras

Anónimo disse...

as praças sem os carros vao passar dificuldades ,cada vez menos pessoas vivem na baixa ,e os turistas que teem casas nao contam para nada,a deslocalizaçao das pessoas para mais a norte da cidade vai fazer com que elas vao as praças de viatura
,ao dificultarem o acesso as viaturas essas pessoas acabam por ir aos hipermercados