quinta-feira, 15 de março de 2018

RIA FORMOSA: MINISTRO TRAPALHÃO E SOVINA!

Em declarações ao jornal Sulinformação, o ministro avançou que não há dinheiro para intervenções de valor superior a 250.000, resumindo-as à recuperação de passadiços. Ver em http://www.sulinformacao.pt/2018/03/ministro-do-ambiente-testemunhou-estragos-do-temporal-no-algarve-e-ja-esta-a-pensar-na-fatura/. A excepção será a Fuzeta onde se prevê dragagens na barra, completamente assoreada, para alimentar o cordão dunar.
E se em relação á barra estamos de acordo porque há muito que devia ter sido dragada, não deixamos de verificar que não há qualquer alusão aos pescadores e aos prejuízos acumulados, mas apenas para a necessidade de repor a praia, também importante, mas...
A Praia de Fuzeta-Mar desde 2010 que não tem casas porque o vendaval nesse ano, destruiu-as todas. Mas foi preciso uma intervenção artificial para repor o cordão dunar.
No vídeo que se segue e referindo-se à Praia de Faro o trapalhão do ministro vem dizer que o cordão dunar da Praia de Faro está em optimas condições depois de demolidas as casas.
https://www.facebook.com/mvpFaro/videos/357443704760924/?t=24
Ora o ministro não sabe o que diz nem diz o que sabe. Será que alguém lhe soprou aos ouvidos o que seria conveniente dizer, apesar de se saber ser mentira?
Os ilhotes, em Olhão, onde demoliram casas não melhoraram em nada, a não ser pelo aspecto visual; o cordão dunar da Fuzeta, sem casas, foi completamente varrido; e Cacela? Ver a imagem seguinte:
Aqui também não havia casas e agora não há cordão dunar e nem Ria. Não são então as casas o mal do cordão dunar. Mas para aqui, o trapalhão e sovina ministro nem os 250.000 quer gastar, condenando uma pequena comunidade que vivia da produção de bivalves. Cacela é dos poucos pontos do Algarve que ainda conservam as suas características naturais mas que os grandes interesses turísticos querem abocanhar e destruir. Essa é a razão porque o traste do ministro se recusa a fazer qualquer intervenção. Trazer a areia para junto das arribas e criar mais uma praia urbana, tão apetecível. Canalha!
Para fazer regressar todo o cordão dunar ao seu aspecto normal será preciso muito mais do que mudar a areia da direita para a esquerda, como diz o ministro, e isso não se faz com as verbas que o sovina do ministro vem anunciar. Claro que se refugia na necessidade do visto do TC, omitindo que há intervenções de emergência que não são compatíveis com a morosidade de certos procedimentos, e de tal forma assim é que quando foi do caso do encerramento/abertura da barra da Fuzeta se passou por cima de todos eles.
O ministro nem para trapalhão tem jeito; mal abre a boca e logo diz asneiras imediatamente desmentidas.
Haja paciência para aturar tanta bandidagem!

4 comentários:

Anónimo disse...

O objectivo final da MAFIA tanto quanto possível dissimulado é arrasar todo todo o casario nas ilhas barreira; primeiro o que está em domínio público marítimo, o mais vulnerável, porque não tem protecção jurídica; depois o mais complicado o que está nas áreas do domínio desafectado ou concessionado. O pior cego é o que não quer ver. Enquanto o pau vem e não vem folgam as costas de uma parte acentuada do rebanho. Sejam felizes.

Anónimo disse...

Haja paciência para ouvir e aguentar dislates de filhos da pátria.

Anónimo disse...

Hoje ia o amigo lezinhe plantar uns pinheiros, pa daqui a uns anos dizer que sempre estiveram la, nascerem lá da ilha e tude moooooo.....nao sei onde andam os ambientalistas pois aqueles pinheiros que o lezinhe levava do barke, nan são autóctones da ilha, violando a lei.

Anónimo disse...

Canalha esta noticia não é divulgado porquê?
Ria Formosa regista nível de oxigénio perigoso para peixes

Lusa 5 de Janeiro de 2018 Ambiente Comentários fechados em Ria Formosa regista nível de oxigénio perigoso para peixes
Foto © Samuel Mendonça

Foram encontrados valores baixos na Ria Formosa, podendo afetar a vida aquática e causar mortalidade, segundo o IPMA.

“A monitorização realizada nos últimos anos mostrou que, de um modo geral, os níveis de oxigénio são superiores a 75% de saturação”, o que é indicativo de “boa oxigenação da água”, refere o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Em resposta a questões da agência Lusa, acrescenta, no entanto, que “foram registados valores inferiores a este limite na Ria Formosa e no estuário do Mondego, em locais com baixa profundidade da coluna de água e no verão com temperaturas elevadas”, uma diminuição que “poderá afetar a vida aquática causando mortalidade”.

O instituto liderado por Miguel Miranda comentava um estudo elaborado por um grupo internacional de cientistas criado em 2016 pela comissão intergovernamental para os oceanos das Nações Unidas, o GO2NE, publicado na quinta-feira na revista Science.

Os investigadores concluíram que as áreas dos oceanos com água sem oxigénio aumentaram quatro vezes nos últimos 50 anos, ameaçando a sobrevivência de espécies de peixes e corais, uma situação que tem como causas as alterações climáticas e a poluição.

Os cientistas realçam que em zonas costeiras, como estuários, os locais com níveis baixos de oxigénio aumentaram mais de 10 vezes desde 1950 e alertam que a quantidade de oxigénio na água deverá continuar a descer mesmo em áreas ainda não afetadas pelo fenómeno, à medida que o planeta aquece.

Num mapa do mundo que acompanha o estudo, podem observar-se três pontos críticos na costa atlântica da Península Ibérica.

O IPMA acompanha vários parâmetros físico-químicos das zonas de produção de bivalves dos estuários, lagoas costeiras e zona costeira continental, e um deles é a concentração de oxigénio dissolvido.

O instituto “mantém a monitorização destes parâmetros em todos os estuários e na zona costeira com o objetivo de assegurar a qualidade da água e a fim de permitir a vida e o crescimento de vida marinha”, nomeadamente de moluscos bivalves que possam ser diretamente consumidos pelos humanos, explica.

A entidade portuguesa refere ainda que reportou a situação nos estuários do Mondego e da Ria Formosa à Convenção para a Proteção do Meio Marinho do Atlântico Nordeste (OSPAR), informação que integra o 3.º relatório integrado do estado de eutrofização da área marítima da organização.

A baixa disponibilidade de oxigénio dissolvido, explica o IPMA, foi registada em condições específicas de maré e de temperatura, as quais “não foram observadas durante longos períodos de tempo”, mas podem “ter implicações na qualidade da água e na vida aquática”.

A diminuição de oxigénio dissolvido pode estar relacionada com fatores como eutrofização (quando há presença excessiva de nutrientes nas massas de água, sobretudo fosfatos e nitratos, levando a excesso de matéria orgânica), poluição, alterações anormais do caudal dos rios ou seca.