As imagens expostas, já têm um ano e a situação tem vindo a deteriorar-se, com o cais de embarque no núcleo do Farol da Ilha da Culatra a ameaçar ruir.
A intervenção feito naquela zona, mais um desastre da sociedade Polis, com dragagens e uma acentuada erosão provocada pelo assoreamento da Barra da Armona, poderão estar na origem de um hipotético colapso do cais.
Agora que se aproxima a época balnear, com milhares de pessoas a utilizar aquele cais, a não ser feita qualquer intervenção, bem podemos assistir a uma catástrofe da qual todos sacudirão as responsabilidades como se não tivessem conhecimento do que ali se passa, num verdadeiro acto de negligência criminosa, que outra coisa não se pode chamar a quem sabendo, ignora o perigo que representa.
As preocupações do ministro Matos Fernandes são outras, dando prioridade a demolições sem ter uma explicação razoável, pelo contrário muito contraditória, Das duas uma, ou não foi informado ou não quer saber. Esperemos que alguém tenha feito chegar uma nota ao ministro a alerta-lo para o problema, porque se acontecer um desastre, terão de ser apuradas responsabilidades.
Para quem conhece a Ria Formosa nesta zona, sabe que a Barra da Armona tinha três mil e quinhentos metros de aberta, estando agora reduzida a cerca de quinhentos no preia-.mar e duzentos no baixa-mar. Ora quanto mais fechada a barra estiver maior será a pressão da vazante, o que vai determinar correntes mais fortes à medida que se aproxima da barra do Farol, arrastando as areias que encontrar pelo caminho, neste caso dos Hangares e do Farol.
Se não houver uma intervenção urgente, o risco é real, embora o ministro que tanto fala na segurança das pessoas e bens, omita que o risco aumenta a cada dia que passa. Mais o ministro está desejando que a erosão avance, por forma a que a agua do mar entre pela Ilha adentro, criando uma nova "Zona de Risco" para fundamentar novas demolições.
Este é o mesmo ministro demagogo que se vem lamentar da pequena coima aplicada à Celtejo pela poluição do Rio Tejo, quando compete ao ministro do ambiente, por decreto-lei, estabelecer o regime contraordenacional em matéria de ambiente. Ou seja o responsável pelo tabela de coimas a lamentar-se dos valores quando ele deveria ser o primeiro a alterar aquela tabela. Não o faz, por tem que se prostrar de cócoras perante o poder económico.
No Tejo ou na Ria Formosa tudo é condicionado pelo Poder económico, onde a vida das pessoas não tem valor. Até quando?
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6 comentários:
A barra do Farol com a Deserta está com uma profundidade de várias dezenas de metros, o que é compatível com o que escreve...
No Rio Tejo, na Ria Formosa,...,todo o Portugal dominado, subjugado ao Poder económico,financeiro,político da Quadrilha Mafiosa. Sejam felizes na santa paz "desta" democracia republicana.
..., e acrescentando que a partir da meia maré a barrinha da Praia de Faro quase completamente fechada de baixa mar porque assoreada, obriga o sentido do caudal, igualmente e de novo, a deslocar-se para a barra do Farol. Barrinha da Praia de Faro, actualmente com quase 1 Km de rasgão no cordão dunar (em tempo algum tinha acontecido) e a subsequente avalanche de areia para dentro da laguna que destruiu dezenas de hectares de vida marinha.Claro que é a natureza a funcionar e nunca nunca os "estudos e as opções de gente sábia na matéria", está claro. Porreiro pá, os pescadores é que são umas bestas armados em dotores.
Aquilino Ribeiro - "A Nação é de todos, tem que ser igual para todos. Se não é igual para todos, é que os dirigentes, que se chamam Estado, se tornaram Quadrilha." Ó Aquilino, tu referência republicana de topo, tu resguardado no Panteão Nacional para que não te esqueçam, tu bombista anti monárquico e anti salazarista que farias agora ao estado deste Estado?.
Todos falam, todos escrevem, mas ninguém diz uma única palavra sobre as ostras e como são feitas as estruturas que utilizam para a sua actividade, estruturas de ferro que vão contaminado as areias e aprodrecem a areia, matando todo o ecossistema em seu redor....mais uma do poder financeiro...
A Assembleia da Republica nunca tomou posição nos últimos quarenta anos sobre a reprodução dos
bivalves e peixe que passou de 100 para presentemente produzir menos de 5%,(não estou a incluir as ostras) trata-se de um sistema a ser bem contado.
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