quarta-feira, 3 de julho de 2019

OLHÃO: PARCERIA COM A ALTICE?

A Câmara Municipal de Olhão já fez publicar o contrato (ver em http://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesquisa/Contrato?a=5670492) que estabeleceu com a Altice, na sequência do concurso publico que foi motivo de publicação no DR nº 63 de 29/03/2019, para o fornecimento dos 1440 tabletes com que o presidente pretende presentear e comprar os votos dos munícipes.
Conforme foi anunciado oportunamente, os livros este ano serão oferecidos pelo governo, uma oferta generosa em tempo de eleições. Perguntaríamos se não as houvesse, teria o governo a mesma generosidade, tendo em conta os cortes na saúde, na educação, nos medicamentos ou nas infraestruturas?
Aproveitando aquela boleia, e não querendo perder a oportunidade de mais uma vez se evidenciar, o presidente da autarquia anunciou com pompa e circunstancia a oferta de tabletes aos alunos dos 4º, 7º e 10º anos, conforme se pode ver em http://www.cm-olhao.pt/destaques2/2699-projeto-caique-bom-sucesso-leva-ensino-digital-as-escolas-do-concelho. Durante a cerimonia, o presidente omitiu deliberadamente que submetera o assunto a concurso publico, para anunciar a Altice como parceira.
Das duas uma, ou o concurso estava viciado à partida, já se sabendo quem o iria ganhar e só assim se poderia entender a Altice como parceira ou a haver um concurso limpo e sério, sem vantagens para ninguém, teriam de haver mais propostas.
Certo é que o preço base de licitação era de 220.900,00 euros mas a proposta ganhadora acabou por se ficar pelos 220.795 euros, um valor portanto abaixo de preço base de licitação. E não foi nada combinado, tudo limpo e transparente!
Ainda assim, e mesmo acrescentando o IVA, fica aquém dos 300.000,00 euros anunciados pelo presidente da autarquia.
Perante tanta generosidade das partes, e porque quando a esmola é farta o pobre desconfia, é caso para perguntar, que contrapartidas serão cedidas pelo Município à Altice?
Mais, é que apesar do concurso já ter sido realizado há algum tempo, a calendarização para a apresentação do projecto e a entrega dos tabletes, vai coincidir com os períodos de pré e de campanha eleitoral. Mera coicindência?
Que cada um ajuíze como entenda| 

5 comentários:

Anónimo disse...

Qual o verdadeiro interesse neste negócio e agora uma pergunta estupida para que é necessário tantos tablets, acho que vai haver muito negócio com estes tablets a juntar ao Magalhães.

Anónimo disse...

Nos últimos anos lectivos, a oferta ou empréstimo de livros escolares, novos ou usados, tem sido uma iniciativa do Governo Central e Ministério da Educação, levada a cabo por todo o País, logo a "oferta" do presidente da Câmara é propaganda pura para ser utilizada nos jornais locais e regionais, boletins camarários e Facebook! Já os tablets provêm de um contrato com uma empresa privada, com um custo de 223 mil euros (dinheiro este que vem de muitos lados menos do bolso do Presidente), o que dá aproximadamente um preço de 155 euros por tablet. Ora, uma empresa privada só tem razão de existir se tiver lucro, logo imagino que o preço de fábrica de cada tablet (marca branca, de certeza) deve ser bem abaixo dos 155 euros. Assim, lucra a empresa, lucram os alunos e lucra o Presidente. Onde está a generosidade nestas "ofertas"?

Anónimo disse...

Em Janeiro ou Fevereiro houve uma reuniãozinha onde estiveram representantes das editoras dos manuais, a Altice e o presidente da câmara e sabe-se que foi tudo muito secreto. O que lá combinaram não sei!

Anónimo disse...

Um contrato aqui, um contrato ali! Um contrato aqui, um contrato ali!

Anónimo disse...

A VERDADE DA MENTIRA

O município ofereceu os livros de fichas ao 1º,2º e 3º ano e deu o Tablet aos Alunos do 4ºano ano já com os livros de fichas no Tablet.
o que está acontecendo é que os Pais dos Alunos do 4ª ano estão sendo informados por muitos professores para comprarem os livros de Fichas.
O município gastou o dinheiro em tablets que servem exclusivamente para fazerem as fichas mas pelos vistos sem o acordo das escolas, os Pais estão sendo prejudicados pois vão ter de gastar dinheiro nestes livros que não estavam no orçamento e vão ficar em casa com um Bibelot(Tablet) que não vai servir para nada.
quem é responsável por esta situação??
porque têm de ser os Pais os prejudicados?