Está em discussão pouco publica um suposto plano de urbanização que de Fuzeta apenas tem o nome. É que a delimitação da Vila da Fuzeta esbarra no caminho de ferro, ficando para norte a freguesia de Moncarapacho.
Registamos algumas contradições entre o contrato e os termos de referência e pior ainda porque não se fazem acompanhar dos Anexos, uma bela tentativa de esconder os objectivos reais.
De acordo como contrato publicado, a elaboração do Plano de Urbanização da Fuzeta fica a cargo de uma equipa multidisciplinar contratada por uma imobiliária representante do Aldi, que se pretende instalar na zona.
Aldi que adquiriu pouco menos de dez mil metros quadrados para instalar a sua area comercial e respectivo parque de estacionamento.
O plano de acordo com os documentos estende-se desde a Escola Dr. João Lucio até à Murteira, sem que se diga se é a debaixo ou a de cima; a escola pode dizer-se que se localiza no sitio de Alfandanga que tal como a Murteira integram a Vila de Moncarapacho.
Nos termos de referência, como se pode ver na imagem, aponta para a criação de um grande parque de estacionamento para aliviar a pressão no interior da Vila da Fuzeta. Aldrabão sou eu e não minto tanto! Não será o parque de estacionamento para servir o Aldi? Em que cabeça cabe que as pessoas da Fuzeta vão estacionar os carros junto à 125 e vão a pé até à Vila? É que de acordo com a imagem, "o remate urbano na area norte, junto à EN 125 tendo em vista a criar uma area logistica/comercial". A não ser que seja para fazer mais um favor ao dono de Alfandanga.
Por falar no dono deAlfandanga, lembramos que o mesmo procedeu a aterros de uma vasta area de leito de cheia, o que não podia, mas o presidente da câmara fechou os olhos tal como fechou os olhos à construção de armazens sem qualquer projecto. Quem é amigo, quem é?
E como não podia deixar de ser, deixámos para o fim aquilo que será um desastre para a Fuzeta, não bastando já o impacto negativo no pequeno comercio tradicional que o Aldi terá.
Isto porque a ideia, constante dos termos de referência, é transferir o Parque de Campismo do sitio onde se encontra para bem norte, sem ter em conta o que ele representa para a Vila. Retirar o parque de campismo da sua localização actual é condenar os cafés, restaurantes e tascas da frente ribeirinha da Vila a só trabalharem no verão, três meses por ano!
Não têm é a coragem para dizer que o objectivo final, é construir um eco-resort no lugar do Parque, acabar com as barracas de apetrechos de pesca ou transferi-las para outro lado, até porque a construirem ali o resort, toda a zona de abrigo da pequena pesca será, posteriormenmte, para dar lugar a uma pequena marina.
Bem pode dizer o presidente da câmara que se trata de teorias da conspiração, mas seria cair em contradição com aquilo que foi escrito em tempos idos.
Ele não quer saber das pessoas de Olhão e menos ainda da Fuzeta; pensa apenas em encher os bolsos de meia duzia de galifões, nem que tenha de alterar o modo de viver das pessoas com este tipo de planos.
Mais uma encomenda!
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