terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

RIA FORMOSA: A CONSPIRAÇÃO DO CAVALO MARINHO

 


 Entre quinta e sexta feira vai realizar-se uma reunião entre os investigadores marinhos e os produtores de sal da Ria Formosa para apresentação dos beneficios das pradarias marinhas na descarbonização. Face aos antecedentes ficamos com muitas duvidas se não será mais uma habilidade para a cerificação de sal extraído em zonas próximas de pontos de descarga de ETAR ou esgotos. Ou será mais uma desculpa para os donos da Ria para levarem por diante o projecto da Caulerpa? O tempo dirá! 
Na imagem acima reproduzimos excerto de uma artigo publicado no Diario de Noticias a 21/11/2010, escrito por Filomena Naves, sob o titulo "O declinio dos cavalos marinhos".
Como se pode ver, o texto é publicado antes da elaboração do documento que apresentámos no sábado da autoria da Sociedade Polis e onde se podia ler que a Caulerpa não era avistada na Ria Formosa há mais de cinquenta anos e que seria uma espécie a preservar.
Ora no texto do DN verificamos que os tais investigadores/protectores do cavalo marinho tinham como possibilidade para explicar o desaparecimento do dito peixe a uma deslocação  das populações para outras paragens, uma hipotese "muito remota", enquanto outros investigadores apontavam para a perda de habitat e dizem:
Nos ultimos anos, no entanto, estas pradarias, como se chamam as extensões de plantas marinhas que constituem o habitat da espécie, sofreram uma diminuição acentuada na ria, e isso poderá estar na origem do declinio das populações de cavalos marinhos. "A diminuição das pradarias poderá ter a ver com a própria dinâmica da ria" e por isso, o projecto, alem da observação das populações, estudará também a hipotese de pradarias artificiais que deverão ser testadas na própria ria...
Mudam-se os tempos, muda o discurso. Depois de se saber do impacto negativo que a Caulerpa tem provocado na ria, os mesmos que a plantaram logo se apressaram a negar aquilo que no texto agora exposto diziam ser uma hipotese a ser testada. Claro que vão continuar a dizer que quando disseram aquilo não era a Caulerpa que tinham no pensamento.
Apesar do impacto negativo que a presença da erva vão manter a sua defesa agora ao abrigo da descarbonização, porque afinal aquilo não serve para o cavalo marinho, pelo contrário, vai fazer com que o cavalo marinho abandone a sua comunidade e se passei de forma dispersa pela costa.
Por outro lado, quando transpuseram a seba retirada da Culatra no Portinho da Arrabida, justificaram a necessidade dessa transposição com o facto da pesca da ganchorra naquela zona que teria dizimado a seba pré-existente. Só não dizem que pescavam na seba com a ganchorra! Uma forma simpática de criar mais uma proibição, afinal a especialidade destes investigadores/protectores.
Para a Ria Formosa arranjaram uma maneira de criar restrições nalguns espaços e actividades como forma de "proteger" o cavalo marinho, criando um habitat, que não será o dele nem de nenhuma espécie, mas antes uma forma simpática de correr com aqueles que vivem da ria, para o turista!
A defesa do cavalo marinho acaba por se transformar numa conspiração contra aqueles que vivem da ria, essa é a realidade! Os mesmos investigadores deviam antes de dizer qual o impacto da poluição na seba, ou será que não é a poluição a principal causa do desaparecimento da seba?
Já há muito tempo que percebemos que estes investigadores/protectores não podem ser independentes, uma vez que estão dependentes dos dinheiros do Estado e como tal têm de subjugar aos ditames do poder politico, não lhe apontando as falhas nem as consequências delas.
Quando a ciência se verga ao poder politico, como pode evoluir um País?  

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