No âmbito da operação da Policia Judiciária para apurar de eventuais burlas, que é disso que se trata, foram detidas sete pessoas, o que não é o mesmo que estarem presas, entre as quais uma funcionária da empresa municipal Fesnima.
A alusão à empresa municipal nada tem a ver com o inquérito em curso, mas com a forma como a comunicação social tratou o assunto, conotando o ex-vereador com um determinado partido.
O ex-vereador já tinha alguns antecedentes antes de chegar à vereação. Na verdade, ele entrou no partido pelo qual foi eleito através de um golpe habilmente estudado, valendo-lhe a falta de organização daquele. Do mesmo modo que já tinha praticado algumas habilidades pouco abonatórias, razão pela qual o actual presidente da câmara, durante o mandato de 2009/2013, o tratara mal. Mas a falta de caracter não se revelaria apenas para um lado.
É assim que em Setembro de 2017, em plena campanha eleitoral, o actual presidente da câmara, promove dois jantares, com o agora suspeito de burla por usocapião ilegal, para que este denegrisse a imagem de um candidato opositor com recurso a algumas inverdades. Como não podia deixar de ser o burlão suspeito aceitou, tal como escrevemos em https://olhaolivre.blogspot.com/2017/09/olhao-campanha-eleitoral-muito-suja.html .
Como contrapartida, o presidente da câmara, uma vez eleito, garantiu um lugar à então companheira, agora detida, um emprego na empresa municipal Fesnima. Claro que do lado da autarquia nada se diz sobre isto.
O historial de usocapiões do burlão Pereira, que chegou a fazê-lo com as pessoas a viverem no prédio alvo da cobiça, é tão vasto, que até a ex-companheira foi envolvida.
A maioria das pessoas envolvidas serão as testemunhas, chamadas a declarar que sempre conhecerem o burlão como estando na posse dos prédios em causa, no minimo por um periodo de vinte anos. Testemunhas essas que recebiam migalhas enquanto ele se abotoava com o grosso do dinheiro, mas que ao prestarem declarações falsas, estão agora sujeitas a procedimento criminal podendo, eventualmente, dada a pluralidade de agentes, serem indiciados de organização criminosa.
Ainda que a empresa municipal não seja chamada sobre o processo em causa, não deixa de ser sintomática a forma como a dita funcionária entrou para os seus quadros. Favor com favor se paga!
Só que isto é uma empresa municipal e não um antro da mafia, onde se pratica a troca de favores.