O ministro do ambiente já veio dizer que serão aplicadas restrições na utilização da agua sem especificar que tipo mas apontando desde logo o dedo à agricultura.
A agricultura é feita com agua e através dela que se faz o ciclo da agua; condenar a agricultura é apostar na desertificação dos solos com as culturas a desaparecerem e pior ainda porque é da terra que vêm a generalidade dos nossos alimentos. Já nos bastam os efeitos das decisões europeias em relação à nossa agricultura.
Para o ministro é preciso salvaguardar o consumo doméstico esquecendo que nesse consumo é excessos, que em tempos de escassez deviam ser restringidos, como as piscinas.
Também se deve colocar a questão da rega dos jardins e dos repuxos de agua que existem um pouco por todo o lado.
A agua é um bem essencial, escasso que deve ser utilizado com alguma ponderação, mas não parece ser o designio para as autoridades locais.
Desde a construção da nova ETAR Faro/Olhão que, o presidente da câmara municipal de Olhão, iria reutilizar as aguas residuais tratadas para a rega dos jardins mas nada fez para que tal fosse possivel. E essa era uma obra que já deveria ter estar feita, mas como não dá no olho de quem nos visita, ficou para mais tarde. E agora que vamos ser confrontados com restrições pergunta-se como vai ser por parte da autarquia que não se preparou para o futuro.
Os repuxos são muito bonitos mas se escassear a agua que vai fazer a autarquia em relação a isso?
Mas temos também as piscinas publicas ou particulares que no concelho de Olhão são em quantidade enrme. Não basta que a tabela seja mais onerosa para quem mais consome, mas utilizar a agua para lazer quando ela falta para o alimento ou para o consumo humano, torna-se imperioso medidas mais restritivas. Não pode ser o dinheiro a permitir o uso e abuso do consumo excessivo de um bem tão essencial como a agua. Para os senhores das piscinas, deem um salto à praia!
Enquanto anda divertido com o turismo, o presidente deveria preocupar-se com o futuro breve. É que para desculpa de todas as desgraças já temos a pandemia e a guerra; só nos faltava a seca e essa não é efeito de um virus ou de uns tiros numa guerra para a qual não fomos tidos ou achados.
Se os alimentos já estão demasiado caros, o que vai acontecer quando restringirem a agua para a agricultura? Onde vão as pessoas arranjar dinheiro para se alimentarem?
Quem se preocupa com os mais desfavorecidos?
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