Depois de quase duas décadas, a câmara municipal de Olhão, ainda não sabe da influência das descargas de esgotos na zona ribeirinha de Olhão, apesar de um estudo da UALG com a monitorização às aguas da Ria Formosa.
Por isso, a autarquia, através da sua empresa municipal, a Ambiolhão, encomendou um novo estudo ao Laboratório de Engenharia Civil para apurar da análise e influência das descargas na zona ribeirinha, conforme contrato publicado no portal Base do governo, cuja imagem reproduzimos.
Embora ignore, ou melhor dizendo, fingindo igfnorar as ditas influências, a empresa municipal gastou cerca de cento e cinquenta mil euros na construção de uma estação elevatória para as águas residuais no Porto de Recreio, com a qual concordamos, embora vejamos nisto duas formas de encarar a realidade.
É que o Porto de Recreio é para fins turisticos e os turistas não devem ver os cagalhões a boiar e há que elimina-los. Essa é de facto uma grande, pelo menos para o presidente, esquecendo os impactos negativos da poluição na produção de bivalves.
Há razões de sobra para duvidar dos objectivos deste estudo, não por falta de credibilidade da instituição que o vai fazer, mas pela envolvência.
Tanto a UALG em 2001/2002 E a APA em 2014 e 2015 procederam à monitorização das influência das descargas na frente ribeirinha, mas a autarquia ignorou-as. Se a UALG dizia que a poluição podia ir até uma distância de 400 metros, em documento do IPMA podia ler-se que ela podia chegar aos 2000.
Entretanto a Ambiolhão contratou uma empresa para a colocação de comportas na rede de aguas pluviais, o que permite controlar as descargas para que elas sejam feitas a horas que não sejam detectadas embora tenham o inconveniente de, cada vez que chova um pouco mais, terem de as abrir e libertar as aguas tal como aconteceu no final de Maio e inicio de Junho.
Se as pessoas que vierem fazer a colheita de amostras, o fizerem com as comportas fechadas e no Verão, certamente que os resultados não corresponderão à realidade, mas servirão para que a autarquia possa dizer que afinal as suas iniciativas neste âmbito têm funcionado, embora se continue a poluir a Ria.
Façam as descargas a que horas fizerem que a matéria em suspensão acabará por decantar em cima dos viveiros, sedimentando-os e a provocar a morte da ameijoa.
Só alguns "parolos" é que dizem que as descargas são poluentes. Esperem para ver os resultados e vão verificar que afinal a poluição da Ria é uma treta de meia duzia de pategos.
Já agora mais uma observação. É que enquanto a matéria em suspensão decanta nos fundos, as mesas das ostras mantêm-nas mais elevadas, evitando a contaminação pelo substrato. Dá muito jeito ao presidente que assim seja!
Estejam atentos!
1 comentário:
Investiguem os esgotos dos edifícios da marina, não estão ligados a rede vão para uma fossa. Só em Olhão
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