domingo, 17 de agosto de 2008

E ACABOU O FESTIVAL DO MARISCO 2008...

O Festival do Marisco 2008 terminou e é altura de fazermos balanço. Várias são as questões que se levantam e que já vem do passado e às quais a câmara e a Fesnima devem procurar dar uma resposta satisfatória.
A primeira questão que levantamos tem a ver com o recinto. O Jardim Pescador Olhanense não é o local apropriado para este tipo de evento. Com os anos que o Festival do Marisco já leva, já era suposto ter um espaço próprio, a exemplo da FATACIL, com estacionamento que dê para algumas centenas de carros. Aos supermercados é exigido que tenham estacionamento e para estes eventos, as pessoas andam perdidas pelas ruas de Olhão à procura de um buraco para estacionarem o que é quase como procurar uma agulha num palheiro. Esse espaço seria aproveitado para outros eventos por forma a tornar-se rentável.
A segunda questão que levantamos tem a ver com o valor das entradas. Numa FATACIL, em Lagoa, onde os artistas são quase os mesmos que em Olhão, paga-se dois euros e meio. No Festival da sardinha, em Portimão, paga-se três euros e meio. Em Albufeira os eventos são gratuítos. O Festival do Marisco de Faro é gratuíto (também sabemos porquê e também achamos que tem os seus direitos).
Em Olhão é o entrar nos bolsos de quem lá vai, para suportar as comesainas e as borlas que o snr presidente e vereação concedem a pessoas que até podem pagar. É certo que a realização de um evento destes acarreta sempre despesas e que todos nós, mas são mesmo todos devemos contribuir. Acabem lá com os subterfúgios das canecas e dos camarões marrecos e o valor da entrada não deverá ultrapassar os cinco euros. Certamente que o Festival será visto por muito mais gente.
Em terceiro lugar, já é tempo de se fazer algumas criticas a quem está comercializando o marisco. Não está em causa a qualidade do marisco. O que está em causa é, sim, o assassinato à arte de cozinhar. A arte de cozinhar é como a música. Na música é preciso sensibilidade para que a combinação dos acordes soam bem aos ouvidos de quem quer ouvir. A combinação dos ingredientes nos diferentes pratos pode transformá-los em mais ou menos agradáveis ao palato e aquilo que temos vindo a assistir nomeadamente com o arroz de marisco, com a açorda de marisco, com a feijoada de marisco e o xarém, são autênticos assassinatos à arte de cozinhar. Alguns destes pratos mais parecem canja de galinha do que pratos de marisco. Os olhos também comem e, por vezes, mais que a boca. A apresentação dos pratos futuramente terá de ser mais cuidada.
Por fim, temos a ASAE, que entendemos ser muito útil que zele pela nossa segurança alimentar. Achamos despropositado que depois ande na caça ao dinheiro, exigindo contratos de trabalho a quem está ali só por uma semana, querendo saber que quantidades de arroz, marisco e tudo o que faz falta para se poder trabalhar, para depois se lançarem, com a sanha que os caracteriza, na cobrança dos impostos como IVA e outros...

2 comentários:

Zé de Fare disse...

100 euros pra passar bem a noite em olhão, vai lá vai! Acho que o festival parou no tempo, de resto como a CMO parou há muito no tempo. Tá na hora de mandarem o Leal embora!

Anónimo disse...

Olá acho que o seu comentário diz tudo: realmente são um abuso os preços que se praticam no Festival de Marisco, a comida não é nada do outro mundo e nem se fala no cartaz deste ano que foi uma nulidade. Ainda pagava 12,50 mas por artistas de qualidade agora Anjos ou Rita Guerra, tenham dó...
O próprio movimento das ruas denuncia a fraca afluência das pessoas...