Há um bom par de anos atrás que a Câmara Municipal de Olhão alienou por hasta publica um imóvel, tendo o comprador sinalizado a aquisição com cerca de dois mil contos (dez mil euros). Até hoje aguardou que a CMO promovesse a escritura da venda do imóvel.
Eis que o comprador é surpreendido pelo licenciamento de um projecto imobiliário para um espaço que julgava "seu".
Investigando e face ao insólito do caso quis saber como mudou de mãos a propriedade e veio a descobrir que a Câmara Municipal de Olhão havia vendido novamente o mesmo imóvel a uma outra pessoa, não se sabendo quais os procedimentos seguidos, se por nova hasta publica, se por ajuste directo.
Mas a Câmara Municipal de Olhão não só não promoveu a . escritura da venda do imóvel como também não devolveu o sinal a dobrar, como mandam as regras que o comprador não deixará de exigir o seu cumprimento.
Mas se houve duas vendas, cadê o dinheiro obtido?
Habituados aos desmandos na Câmara Municipal de Olhão nada nos espanta, até mesmo o desaparecimento destas verbas, que devem agora ser muito bem explicadas.
Quanto aos autarcas, particularmente o presidente que se afirma como mandante de quanto se passa na autarquia, a haver justiça neste País já estaria impedido de entrar nas instalações da Câmara pelo risco de destruição de provas dos crimes cometidos, como até ser proibido de contactar qualquer funcionário da autarquia para não perturbar os inquéritos em curso, tanto mais que é do conhecimento geral a coacção exercida sobre eles..
Paralelamente e a haver justiça neste País seria feito o levantamento das declarações de rendimentos do presidente, bem como dos bens de que era possuidor antes de enveredar pela carreira politica profissional e comparar com os bens detidos pela família até segundo grau, porque nestas coisas poderão haver uns netinhos que ainda mamavam e já eram proprietarios.
A haver justiça neste País, onde abunda a corrupção, os titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos deveriam ser espoliados de todos os bens que não conseguissem justificar sem que para tal fosse necessário o ónus da prova, tornando-se um acto do foro administrativo. A criminalização do enriquecimento ilícito é uma coisa bem distinta até por estar em causa a possibilidade da privação da liberdade do individuo que merece uma ponderação diferente.
A afronta dos sinais exteriores de riqueza dos crapulas após a sua entrada para politica merece a indignação e revolta de quem sofre na pele, e são sempre os mesmos, o pagamento dos roubos, gamanços da canalha, que fazem ao Povo pela via das posições que ocupam no aparelho do Estado que somos todos nós.
REVOLTEM-SE, PORRA!
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