As medidas de austeridade aplicadas pelo governo sob a exigência da troika e acordadas pelo Partido Socialista prevêem o corte das horas extraordinarias, substituindo-as por um banco de horas.
Não vamos agora discutir se será a atitude mais correcta, mas sim e face à situação, como reage a Câmara Municipal de Olhão.
É que, ao que conseguimos apurar, a CMO pretende pagar ao pessoal que presta serviço em regime de part-time no auditório municipal através da Fesnima as horas extraordinarias que fazem, passando a receber o vencimento através da empresa mãe, o Município, e as horas através da cronica deficitária empresa de promoção de eventos.
Também é verdade que quem trabalha merece receber a justa retribuição mas também não se achará senão justo que titulares de cargos políticos que aprovaram um memorandum cravado na garganta dos portugueses, venha desta forma furar aquelas medidas.
Parte do pessoal do auditório passa horas nas redes sociais, fazendo campanha de lavagem de imagem dos seus "patrões", por, habitualmente não terem outra ocupação, já que os espectáculos se realizam aos fins-se-semana e durante o resto do horário normal de trabalho nada terem para fazer.
Cartões partidários, familiares, amizades, votos, é o que está por trás de toda a encenação de um serviço que ninguém consegue explicar à população quanto custa; os artistas ainda é possível calcular, mas os custos energéticos, custos com o pessoal, publicidade (ver os autdours) e outros e lá se vão mais uns milhares de euros do erário publico,todos os meses, quando o valor cultural é de duvidosa qualidade. Aliás também não é isso que se pretende, uma vez que a CMO aposta forte e feio na promoção de eventos como forma de dar visibilidade a uma cambada de imbecis armados em políticos.
Mas coloca-se a questão da legalidade. Pode um funcionário da autarquia receber por ela e ao mesmo tempo por uma empresa municipal? Como vai, a CMO descalçar esse par de botas?
E enquanto os "afilhados" vão gozando das mordomias concedidos pelos "padrinhos", o Povo, esse, vê cortarem-lhe a agua por falta de dinheiro para a pagar numa outra escandalosa roubalheira.
Num concelho com tradição na apanha do Polvo, espera-se que este outro tipo de Polvo venha a ser "pescado" antes de liquidarem o resto das espécies. Com captura ou sem captura, deve o Povo de Olhão revoltar-se contra estes políticos e politicas, sob pena do rolo compressor de um capitalismo ultra selvagem acabar por esmagá-lo. RESISTIR E LUTAR precisa-se.
REVOLTEM-SE, PORRA!
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