Fugindo ao âmbito territorial que tem dominado este blog, vimos hoje à liça para nos pronunciarmos contra os cortes dos subsídios de ferias e de natal, decidido por um governo, prestes a ser despedido.
Constitucionais ou não os cortes são decididos de forma unilateral, contra a vontade de quem cria a riqueza, sem que estes se possam pronunciar sobre uma decisão que é mais que arbitraria e que lhes diz directamente respeito. A invocação dos cortes decididos visam garantir a constitucionalidade de uma outra medida, sem ter em conta os malefícios para a economia e para os trabalhadores, confrontados com uma politica de saque dos seus rendimentos que faria corar de vergonha os ditadores do regime deposto.
Uma coisa são as contas publicas de uma republica falida pela acção dos governos PS/PSD/CDS, outra são as contas da economia, da criação de riqueza e de trabalho não se sabendo onde vai parar o fruto do saque quando teimosamente se persiste em manter as PPP de má memoria, e que já deviam ter sido nacionalizadas ou os perdões de divida de uma certa banca.
Enquanto se discute da constitucionalidade da medida, e num autentico fait-diver, o governo contratou ou tentou contratar médicos e enfermeiros pelo mais baixo custo, promovendo para isso um designado concurso internacional junto de empresas de trabalho temporário. Ora os postos de trabalho efectivos devem ser ocupados de forma efectiva, apenas se compreendendo esta medida como forma de fazer baixar os salários de quem trabalha, objectivo final de um governo do grande capital, da troika e da comissão europeia. Essa é a questão de fundo e ou os trabalhadores se levantam contra isto ou serão esmagados pelo rolo compressor de um capitalismo selvagem que nos tenta impor o regresso da escravatura.
Aos trabalhadores cabe impor a livre negociação da contratação colectiva como forma de assegurar o seu futuro. Sem contratação colectiva, os trabalhadores verão os seus rendimentos reduzidos, o esvaziamento de carreiras e todo um conjunto de outras regalias que ainda detêm será jogado no caixote do lixo.
Um outro aspecto a reter é o da segurança social com o aumento da idade para a reforma, com a formula de calculo para as pensões, bem como de outras mediadas de apoio à família, que os governos e troikas nos querem roubar.
Aos trabalhadores cabe dar uma resposta muito dura ao governo dos patrões encetando uma GREVE GERAL NACIONAL POR TEMPO INDETERMINADO, não para negociar, mas para obrigar os nossos governantes a suspender todas as medidas anti-trabalhadores. Sem a SUSPENSÃO DO CÓDIGO DE TRABALHO e de todas as medidas anti populares o País deve parar, resistindo ao ponto de se enveredar pela desobediencia civil.
Os trabalhadores devem afastar os traidores e conciliadores que certamente surgirão. Todas as propostas que vierem a surgir devem ser analisadas, não por direcções ou comissões representativas, mas sim por plenários, restituindo ao Povo em geral e aos trabalhadores em particular a soberania, tal como está consignado na Constituição deposta por um Tribunal partidário.
CONTRA A FOME, A MISÉRIA E O DESEMPREGO!
CONTRA A PRECARIDADE!
PELA DEMOCRACIA E SOBERANIA POPULAR!
GREVE GERAL NACIONAL POR TEMPO INDETERMINADO!
Sem comentários:
Enviar um comentário