Nova ponte para ilha de Faro empurra o estacionamento automóvel para fora da praia
A obra custará mais de três milhões, mas poderia custar um terço
do valor e debitar mais fluxos de tráfego. O projecto escolhido foi
aquele que dá prioridade à mobilidade alternativa: bicicletas e peões.
Os visitantes ocasionais da ilha de Faro, durante
a época balnear, ficam proibidos de lá entrar de automóvel. O acesso só
vai ser permitido a “utentes credenciados”, o mesmo será dizer que só
poderão chegar à praia em transporte particular os residentes e
proprietários de casas de veraneio. A restrição chegará daqui por cerca
de um ano e meio, altura em que deverá já estar aberta a nova ponte, que
custará mais de três milhões de euros, que manterá apenas uma via de
circulação, à semelhança da estrutura actual.
Os visitantes ocasionais da ilha de Faro, durante a
época balnear, ficam proibidos de lá entrar de automóvel. O acesso só
vai ser permitido a “utentes credenciados”, o mesmo será dizer que só
poderão chegar à praia em transporte particular os residentes e
proprietários de casas de veraneio. A restrição chegará daqui por cerca
de um ano e meio, altura em que deverá já estar aberta a nova ponte, que
custará mais de três milhões de euros, e que manterá apenas uma via de
circulação, à semelhança da estrutura actual.
O prazo da consulta
pública para apresentação de eventuais opiniões e sugestões sobre o
projecto, lançado pela Sociedade Polis Litoral da Ria Formosa, terminou
nesta quarta-feira. O Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de
Execução (RECAPE) pode ser consultado na Agência Portuguesa do
Ambiente, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR)
Algarve e Câmara Municipal de Faro.A alternativa ao uso do automóvel particular é o transporte público. Junto ao aeroporto de Faro está prevista a construção de um parque de estacionamento com capacidade para 920 lugares destinados a veículos ligeiros. A travessia da ponte é assegurada por autocarro que fará a ligação entre as duas bandas, durante o Verão. O projecto apresenta-se como promotor de “formas alternativas de mobilidade”, dando prioridade aos peões e bicicletas.
O arranque das obras, estimadas em 3,3 milhões de euros (a que acresce o IVA), está previsto para Fevereiro do próximo ano. O prazo de execução dos trabalhos é de um ano, o que inclui a demolição da ponte existente, requalificação do acesso rodoviário e construção do parque do estacionamento. O investimento beneficia de uma comparticipação de 70% de fundos comunitários, provenientes de uma candidatura ao Plano Operacional de Valorização do Território, cabendo os 30% da comparticipação nacional à autarquia.
Opção criticada
O professor no Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve (Ualg), Carlos Martins, discorda da opção tomada por considerar que era possível construir uma ponte “por um terço do valor desta e com mais funcionalidade”. Defende que a nova estrutura deveria ter duas vias para circulação rodoviária, em vez de uma como previsto, sem restrições aos visitantes.
O presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, defende-se das críticas do professor da Ualg, especialista em estruturas, afirmando: “A ponte vai ter duas vias, só que uma destina-se a ciclovia e peões, podendo em caso de necessidade funcionar como faixa de emergência”.
Carlos Martins considera que o caótico trânsito que se verifica na época balnear seria “minimizado” com a proposta que sugeriu, e não foi considerada. Por seu lado, o autarca contrapõe: “A circulação em automóvel em duas vias, equivaleria a transferir o caos do trânsito para dentro da ilha”. O docente, de opinião contrária, contrapõe: “Não há confusão de trânsito à entrada” da ilha.
Durante a fase de avaliação do anteprojecto, há cerca de uma ano, Carlos Martins apresentou uma proposta de construção com menos “pormenores artísticos, do ponto de vista do projecto”. Em contrapartida, assegurou, o investimento descia para cerca de um terço, ficando reduzido a 1,3 milhões de euros. A opção que foi tomada, e esteve agora em consulta pública, “sofreu alguns ajustes, mas não resolveu a questão essencial — a necessidade da construção de duas vias”, sublinha. Por outro lado, lembra o preço a pagar com a manutenção, não mencionado nos estudos tornados públicos. “Não nos esqueçamos que estamos em ambiente marinho, a corrosão ataca por todos os lados”.
A ponte de acesso à praia de Faro, com mais de 60 anos, apesar de bastante degradada, funcionará até à conclusão da nova estrutura. A seguir, será demolida. O custo dessa operação está orçado em 110 mil euros.
Noticia do Publico On line
Nota do Olhão Livre: Como pode um Bacalhau querer privatizar a Praia de Faro pois além de querer correr com os pescadores da Praia de Faro,que foi quem deu origem ao povoamento da Praia de Faro, agora também quer condicionar o trânsito aos amigos poderosos, que ficarão com as casas de pé.
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