quinta-feira, 18 de setembro de 2014

OLHÃO: ALDRABICES E ALDRABÕES NA POLITICA LOCAL

No link que se segue, https://www.facebook.com/baixaatelier?hc_location=timeline pode verificar-se que a proposta de Plano de Pormenor da Zona Histórica de Olhão, foi entregue pelo Baixa Atelier, pelo menos a 26 de Agosto de 2013, com a indicação de que seguiria para discussão publica. Percebe-se claramente porque assim não aconteceu, uma vez que à data estávamos em vésperas das eleições autárquicas e submeter a discussão publica um projecto desta natureza, muito provavelmente, determinaria a derrota do partido socialista naquelas eleições.
Passado mais de um ano e depois da denuncia publica por nós efectuada das intenções consignadas na proposta do Plano, vem a Câmara Municipal de Olhão, agendar reuniões da vereação, a quem foram pedidas sugestões. com os representantes do respectivo atelier, numa clara tentativa de comprometer uma certa oposição desalinhada com os meandros do Poder.
António Miguel Pina, aprendeu bem e depressa a arte da aldrabice, dando urgência ao processo na intenção de o aprovar o mais rapidamente possível mas não diz as verdadeiras razões dessa urgência; é que no final do ano, acabam os Quadros Comunitários de Apoio e a autarquia ainda tem de pagar ao gabinete de arquitectura parte do montante que lhe cabe por ter ganho o concurso publico para a elaboração deste PP. Mas falta ainda a aprovação sem a qual a Câmara não pode sacar os fundos comunitários, vendo-se na contingencia de o ter que pagar por inteiro.
Como já vimos, a proposta de PP teria melhor utilidade em qualquer casa de banho onde não abunde papel do que apresentá-lo tal como está ao Povo de Olhão, destruindo a maioria da calçada portuguesa existente na Zona Histórica, descaracterizando-a também pelo nivelamento das cérceas que lhe permite acabar com os mirantes, para alem da onda de demolições e o levantamento de um edifício em forma de falo no novo Largo Dr. Pádua.
Mais, dada as circunstancias de estar em inicio de processo de revisão do PDM seria recomendável jogar esta proposta às urtigas e proceder ao alargamento da Zona Histórica muito para alem do desenho inicial. Basta lembrar que a imagem de marca do edificado carcateristico de Olhão fica precisamente na Rua do Caminho de Ferro, a poente da ponte da Rua 18 de Junho.
Como não podia deixar de ser, não podíamos deixar passar em claro a postura dos representantes do PSD no órgão Câmara pela forma como encaram a democracia.
Num texto publicado numa pagina do facebook, diz Eduardo Cruz:
4. Ao longo do processo a Lei fixa a fase de participação pública e a intervenção dos interessados no acesso aos documentos que fazem parte do mesmo;

Esqueceu o vereador Eduardo Cruz que todos estes documentos são públicos e de acesso apenas condicionado a requerimento. Embora se esteja a referir ao Relatório de Avaliação de Execução do PDM, a lógica mandaria que o mesmo fosse aplicado ao PP da Zona Histórica, mas não é assim. E se tem duvidas peça esclarecimentos à Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos. Pelos vistos, no entendimento do Eduardo Cruz, que dantes só percebia de pirolitos, agora já a sabe toda, como o burro.
Mas vejamos o que diz o Eduardo Cruz a propósito do Relatório que aprovou:
Em suma, apesar da discordância em alguns itens na elaboração do Relatório de Avaliação da Execução do PDM, atendendo à urgência deste processo em termos legais, bem como o facto de que este instrumento de planeamento para a intervenção do território deve merecer uma atenção especial por parte do actual Executivo, no sentido de dotar o Município dos meios administrativos adequados para promover o desenvolvimento económico e social do concelho, entenderam os signatários que votar favoravelmente faria todo o sentido e melhor servia os interesses da comunidade Olhanense.
Isto é, não concorda mas aprova! Boa!
Ora bem, o vereador pirolito que vê uma urgência tão grande na revisão deste PDM, esqueceu-se que de facto, há já dez anos que ele está improprio para consumo, quer por ter expirado a sua duração, 2005, quer pelos crime urbanísticos e contra o ordenamento cometidos e sobre os quais o Relatório nada diz. 
É óbvio que percebo a angustia do Pirolito, uma vez que ele próprio aprovou algumas deliberações em violação dos planos de gestão territorial, das quais a Urbanização da Quinta João de Ourem e a casa de Mendes Segundo. E por isso mesmo aceita este Relatório!
O que mais temos na politica local são aldrabices e aldrabões.
REVOLTEM-SE, PORRA!

1 comentário:

Anónimo disse...

um presidente de uma autarquia que esconde um Plano de Promenor de uma Zona Histórica,é sinal que sabe o crime que quer cometer na Barreta e no Levante.
era bom ele saber que está a lidar com os filhos de olhão e assim sendo está arriscado que lhe uma floripes,bem olhanense em vez de uma floripes brasileira.