Tal como já havíamos escrito nesta pagina em http://olhaolivre.blogspot.pt/2014/11/olhao-utente-sequestrado-e-objecto-de.html, voltamos hoje ao assunto da instituição dita de solidariedade social que confiscou os bens de um utente.
No dia 20 de Outubro o utente, que nessa altura frequentava o Centro de Dia da ACASO à cerca de um mês, deu entrada no Hospital de Faro com desidratação profunda e diagnóstico de indícios de infecção pulmonar e intoxicação medicamentosa.
No dia 24 do mesmo mês funcionários da ACASO foram buscá-lo ao Hospital e conduziram-no à Unidade de Internamento de Apoio e Cuidados ao Idoso, não recebendo visitas de familiares ou amigos, por ordem expressa para ser dada qualquer informação para o exterior.
Durante três semanas, família e amigos tentaram visitar o utente e sempre foram impedidos, apenas tendo a instituição permitido a visita depois de ter sido pedido e escrito no livre de reclamações após a chegada da GNR ao local.
Pelo meio ficou uma vista de um notário para fazer o testamento do utente a favor da ACASO, onde constavam as contas bancarias, terrenos e casas.
Perguntamos nós como é que uma pessoa no seu estado normal em tão pouco tempo toma uma decisão daquelas, sendo que o utente se queixava com alguma frequência da péssima qualidade da alimentação do Centro de Dia e onde apenas desfrutara dos seus serviços durante um escasso mês? E como é que em menos de três semanas de internamento resolve fazer um tal testamento?
No dia seguinte a visita dos familiares e amigos no Centro de Dia, volta a proibição de visitas. desta vez acompanhada de uma declaração do assinada pelo utente em como não queria receber mais visitas.
A GNR foi novamente chamada ao local e tomou conta da ocorrência e perante a atitude da ACASO, a família e amigos apresentaram queixa nos Serviços do Ministério Publico.
Independente da veracidade ou da autenticidade do documento, a verdade é que a ACASO enquanto instituição de solidariedade deveria promover a inclusão e aproximação da família e não afastá-la como o faz, apenas se compreendendo à luz do desejo de evitar que o utente resolva alterar o testamento fito de forma que deixa bastantes duvidas.
As habilidades da direcção não eleita e do seu director executivo na forma como gerem os destinos da instituiçao deixam muito a desejar e este é apenas um caso entre muitos outros que afectam a imagem da instituição.
Estranhamente uma instituição que se diz tesa que nem um carapau magro mas que tem dinheiro para assumir as obras de recuperação do antigo Matador Municipal ou da casa pegada ao Centro de dia onde até um elevador vão colocar, à custa da péssima qualidade da comida que fornecem aos utentes e trabalhadores, que não tem dinheiro para pagar ao seguranças e depois contrata uma empresa de segurança bastante mais cara.
Tudo é possível quando um utente, como este que em Setembro passado tinha oitenta mil euros só no Banif em Faro, faz um testamento extemporaneo a favor da mesma instituição que esteve na origem do seu péssimo estado de saúde ou não fosse ela a principal responsável por um utente que estava ao abrigo dos seus cuidados.
REVOLTEM-SE, PORRA!
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