Em http://www.sulinformacao.pt/2014/12/concurso-para-nova-etar-faroolhao-sera-lancado-em-breve/, assistimos a mais uma acção de promoção de um presidente trapalhão, tão desbocado quanto as suas aldrabices.
Na verdade a Câmara Municipal de Olhão foi a entidade proprietaria da ETAR Poente de Olhão e que só passou para as mãos da Águas do Algarve em 2005. Nessa altura constitui-se um movimento designado de Avisar Toda a Gente que reclamava dos efeitos nefastos das descargas das águas residuais urbanas na Ria Formosa. Nesse ano, a Câmara Municipal de Olhão aderiu à Agenda 21 Local e elaborou um documento no qual considerava que os mariscadores ganhavam demasiado dinheiro para depois o gastar em álcool, droga ou prostituição.
Por essas alturas, o actual presidente da Câmara ganhava a presidência da concelhia local do partido que desde sempre governado a autarquia, sem nunca ter pronunciado uma palavra quer quanto às aberrantes declarações do defunto presidente, nem quanto à ETAR.
Antes da desclassificação das zonas de produção de bivalves, foram subscritas duas petições à Assembleia da Republica e também ao Parlamento Europeu e apresentada uma queixa à Comissão Europeia, sem que o actual presidente alguma vez tivesse uma palavra sobre o assunto quer como líder partidário quer como vereador da câmara.
Após a desclassificação apresentou-se como o grande defensor da Ria Formosa e num plenário de mariscadores, afirmou mesmo que já tinha quinhentos mil euros para resolver o problema dos esgotos directos. Onde está esse dinheiro e que obras foram feitas? Tudo mentira, a sua grande especialidade!
Foi por despacho do secretario de estado, depois da audição a que foi submetido no parlamento, que se definiu a construção da nova ETAR, tal como foi definido que as câmaras municipais ficariam obrigadas à monitorização da rede de águas pluviais para evitar as descargas dos esgotos directos. Portanto é completamente falso aquilo que diz António Pina.
Mas ainda assim, e embora reconhecendo as vantagens de uma nova ETAR de ultima geração, não deixamos de chamar a atenção para algumas irregularidades no respectivo processo e que contou com a cumplicidade do aldrabão Pina. Em primeiro lugar, porque a discussão publica no processo de Avaliação de Impacto Ambiental, não devidamente divulgada pelas entidades envolvidas, nomeadamente pela Câmara Municipal de Olhão que escondeu a informação, tal como o fizeram a Águas do Algarve ou a Agência Portuguesa do Ambiente. Por outro lado, a nova ETAR viola o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa, e em sede de discussão publica esse problema poderia ser levantado. Acresce que a nova ETAR vai descarregar nas águas da Ria Formosa cerca de quarenta quilos diários de fosforo, um fertilizante agrícola, pelo que a sua localização faria mais sentido numa zona com maior importância agrícola e proceder à sua reutilização.
Por fim cabe-nos dizer que os prazos indicados no despacho do secretario de estado, são completamente ultrapassados e ainda subsistem duvidas quanto à construção e posterior funcionamento, tal como resulta da apreensão cuidadosa que representante da Águas do Algarve manifesta quanto à elaboração do concurso publico internacional.
António Pina é cumulativamente, vogal do conselho de administração da Águas o Algarve e é no uso de informação privilegiada que emite comunicados, distorcendo a realidade dos factos.
Aldrabão sou eu e não minto tanto.
PINA É TRAPALHÃO!
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