Na sequência do post aqui colocado em 21-11-2014, como se pode ver em http://olhaolivre.blogspot.pt/2014/11/olhao-utente-sequestrado-e-objecto-de.html, veio a direcção da ACASO emitir um comunicado que acima reproduzimos na integra e mais parece os dejectos de alguns calões ou macacos que vegetam naquela instituição e que nos merece a resposta adequada, desmontando ponto por ponto.
1- Gostaríamos de saber quantos utentes da instituição, na sua ficha de inscrição no Centro de Dia, fizessem constar que em caso fora do comum contactassem amigos ou familiares, dado ser um acto natural.
2- É reconhecido no comunicado que o utente em causa pretendeu transmitir parte do seu património à dr. Tânia, que por sua vez transmitiu à direcção esse desejo do utente.
3- Vem o comunicado dizer que o utente terá então manifestado a intenção de deixar aquela parte do património, mas que nada queria deixar à família
4- A 20 de Outubro o utente necessita de cuidados de saúde, mas o comunicado não refere as razões de tal internamento, que a família diz estar associado a desidratação profunda e problemas pulmonares.
5- Apercebe-se, a direcção, de que uma senhora que entretanto se tornara amiga do utente indiciava aproveitar-se para fins menos recomendáveis socialmente.
Se até aqui estávamos de acordo com o que é dito no comunicado, eis que surgem as divergências na interpretação dos factos. Desde logo porque segundo nos foi dito pela própria, foi a senhora que contactou o Centro de Dia, no caso a dr. Célia para que fosse prestado alguma forma de apoio ao utente. Aliás a senhora em causa chegou a ter conversas sobre a situação do utente com o presidente da direcção da instituição.
Já quanto aos desígnios socialmente menos recomendáveis, gostaríamos que a direcção precisasse melhor o que pretende dizer. Está a insinuar que a senhora poderia ir para a cama com o utente? Ou quer dizer que a senhora estava ali com a intenção de apanhar uma parte da herança? É que se é pela herança, então os fins socialmente menos recomendáveis só se aplicam à senhora ou também a quem dirige a instituição? Qual a diferença entre os dois?
6- Assim foi necessário proteger o utente desse contacto e ao mesmo tempo deixar de estar alojado em sua casa...
Bem, reconheça-se que o utente poderia efectivamente necessitar de um alojamento temporário devido ao seu estado de saúde, mas já não se tem o mesmo entendimento quanto à protecção contra o contacto. Que receio tinha a direcção que se mantivesse o contacto quando tinha o utente à sua guarda? Que o mesmo mudasse de opinião? Que o mesmo, ao sentir apoio, desejasse voltar para casa? Que o mesmo viesse a alterar o testamento?
7- O utente afirmou por escrito em 21-11-2014, precisamente a data do nosso post, não querer ser contactado pelo irmão ou pela amiga.
Estes senhores devem andar a brincar com as pessoas, primeiro porque o utente não sabe mexer num teclado nem está em condições de o fazer, ou seja alguém escreveu por ele e deu a assinar, o que é bem diferente de ter sido feito por ele.
Por outro lado, o comunicado omite, convenientemente, que nesse mesmo dia, o utente foi objecto de visita do irmão e da amiga, estando suspensa a ordem de proibição, porque na véspera a GNR foi chamada para obrigar o acesso ao Livro de Reclamações.
8- No dia 22 o irmão e a amiga foram confrontados com a tal declaração
9- Chamada a GNR, o utente confirmou não querer receber visitas.
Não se diz é qual o estado de fragilidade psicológica do utente para recusar receber as visitas.
10- Diz neste ponto que a direcção não deixará de proteger o utente de qualquer contacto e de que agirá judicialmente contra os que afrontam o bom nome da ACASO, colaboradores e direcção.
Sabem ou deviam saber que jamais as ameaças e manobras de intimidação nos calarão, sempre que entendermos que se justifiquem denuncias deste género.
11- Finalmente é feita a alusão à nossa denuncia embora de forma encapotada
12- Neste ponto, o comunicado mostra a natureza esquizofrenica de quem o escreveu ao brindar-nos com uma serie de adjectivos, o que agradecemos por muito sinceramente , estamos do lado oposto da barricada.
13- Limita-se a dizer que mandou copias do comunicado para as forças de segurança e ministério publico.
NOTA: A primeira questão prende-se precisamente com o símbolo exibido no comunicado, onde se pode ler "RAÍZES FORTES DA VIDA". As raízes fortes da vida, estão no seio da família e não na institucionalização das pessoas. A institucionalização de qualquer pessoa deve ser o ultimo recurso. Sendo assim, as instituições de solidariedade social, devem elas proprias promover a reaproximação e a reestruturação ou inserção familiar, sempre que possível e nunca, mas nunca, afastar as famílias das pessoas. Parece-nos que não choca quem quer que seja que alguém doe os bens a uma instituição mas certamente será chocante quando se afasta a família das pessoas e isso é o que a direcção da ACASO vem fazendo neste caso em concreto.
Mais, sabe a direcção da ACASO, que o utente fez as pazes com o irmão enquanto esteve hospitalizado, razão pela qual não lhe deveria ser cortada a visita.
E se a 21-11 dizíamos que a situação era susceptível de configurar um sequestro, mantemos o que dissemos, até porque no comunicado se diz que o utente só assinou a declaração nessa data, mas as proibições das visitas, já vinham de trás.
O comunicado apenas vem confirmar o que já disséramos e reforçamos embora omita uma serie de factos. E por isso bem podem accionar os mecanismos judiciais que estamos cá para dar a devida resposta.
REVOLTEM-SE, PORRA!
3 comentários:
Para a ACASO o Natal veio mais cedo.
Andaram,andaram e conseguiram abotoar-se com mais uma casita...é só mais uma para juntar a muitas outras.
Quantos já terão por lá passando-me que mostraram vontade de entregar os seus bens à ACASO em vez de deixar para a família ou amigos?!?
Acredito que mais domque o que se pensa.
Acho uma pouca vergonha é um descaramento total fazer isto às pessoas.
As cartas que foram para a polícia e MP deveriam servir para que os mesmos comecem a investigar tais actos,pois parece-me no mínimo descabido que alguém deixe escrito que nao deseja ser visitado pela família e por amigos.
Parece-me um internamento muito conveniente,tal como este comunicado.
É triste é ver uma instituição fanar assim à descarada uma pessoa indefesa a todos os níveis.
Para mim isto serve para ser difundido,para que todos vejam o que a ACASO é e terem MUITA atenção e atenção redobrada no caso de lá deixarem alguém,porque é bem provável que a qualquer momento o seu patrimônio seja passado pada os Amigos não do alheio mas neste caso da ACASO.
Uma vergonha!!!!
é assim que se enrica,á conta das heranças dos desgraçados desavindos com a familia.
Se fossem livres de culpas não sentiam necessidade de realizar um comunicado!
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