Passado o efeito das eleições, importa agora fazer uma reflexão do que irá ser o futuro próximo do concelho.
Sempre defendemos e continuaremos a defender que os programas eleitorais sejam assumidos como um contrato eleitoral que em caso de incumprimento determine a imediata perda de mandato, como forma de evitar as falsas promessas com que certos políticos brindam os Povos, partindo do principio de que com papas e bolos se enganam os tolos.
Parte das promessas do candidato ganhador não são exequíveis, por várias razões, e algumas delas tiveram a cobertura de membros do actual governo.
Uma coisa são as declarações em publico e outra em privado. E tal aconteceu a respeito da renovação da concessão da Ilha da Armona, que como é do conhecimento publico, o Ministro do Ambiente disse prepara-la. Já em privado, o mesmo avisou o actual presidente da câmara que só seria possível a renovação se fosse concretizada a rede de saneamento básico. E assim o presidente veio anunciar a abertura de concurso para aquela obra, por um valor muito aquém do necessário, se a fosse fazer de forma correcta. Acontece, que agora pretende fazer apenas uma conduta principal e os moradores da ilha que façam a ligação à rede, quando a Lei diz que essa é uma responsabilidade da autarquia. Os moradores só têm que trazer os esgotos até à porta do quintal, quando os houver!
Porque falamos de infraestruturas, não podemos omitir o péssimo estado das redes de agua, esgotos domésticos e de aguas pluviais, em todo o concelho, para os quais o presidente da autarquia não anunciou nenhum investimento. Recordamos que alguns dos depósitos estão em risco de rebentar e se tal vier a acontecer, implicará graves transtornos para a população do concelho, não se cingindo apenas às áreas circundantes.
Quanto à situação das casas nas ilhas, foi curioso ver como o governo interferiu na campanha eleitoral, ao anunciar a elaboração de uma proposta de Lei que permita a regularização das casas do núcleo da Culatra. Consultado o Diário da Republica, verificamos que não há qualquer publicação, ou seja, não passa de uma proposta, embora acreditemos que a mesma passe a Lei. Mas mostra também que o governo desde que o queira pode regularizar a situação das casas em todos os núcleos e não só no da Culatra. Mas isso aí é outra loiça. Mais uma vez com papas e bolos se enganam os tolos.
As descargas de esgotos directos para a Ria Formosa vão continuar na mesma, disso ninguém duvide, porque só quando forem eliminadas as ligações de esgotos domésticos à rede de aguas pluviais, tal será possível. Mas o Povo acreditou porque com papas e bolos se enganam os tolos.
Quanto às grandes obras que pretende levar a cabo, apenas executará aquelas que deixarem a sua marca pessoal para memória futura, porque quanto às restantes, não fará uma única. E mesmo assim veremos onde irá buscar o dinheiro para tanta obra, mas pode sempre agravar as taxas e impostos municipais.
Agora que vai liderar um novo executivo, dotado de poderes reforçados, e prepotente como é, não deixará de tomar as medidas que entender necessárias, mesmo que contrariem o Povo do concelho.
No novo contexto, teremos de ser mais vigilantes e actuantes de não quisermos assistir à descaracterização/ destruição daquilo que temos de mais emblemático.
1 comentário:
Esta conversa de Bolos e Tolos já não vai a lado nenhum a verdade é esta a maltinha enquanto o problema é do outro nada lhe interessa.
Depois de tantas criticas diárias seria normal no mínimo que não existisse maioria aí em Olhão o que na verdade não aconteceu e pior foi o aumento de votos.
O problema desconheço os números falam por si.
Entre 2013 e 2017 o PS teve um aumento de 3440 votos o PSD/Luciano teve um aumento de 184 votos.
O PCP entre 2013 e 2017 perdeu 567 votos e o Bloco de Esquerda perdeu 159 votos.
Os cidadãos de Olhão que votaram são de todas as classes sociais e mesmo com tantos desabafos o António Pina teve um aumento de 3440 votos esta é a realidade.
A consciência coletiva desapareceu a manipulação coletiva já pouca força tem como tal a única solução é continuar a alimentar algumas vozes que com o tempo se vão calando.
Consegui-o uma maioria absoluta quando alguns o punham de rastos tudo isto é um bom exemplo para aquelas vozes que muito falam nos cafés mas nas urnas a linguagem é outra.
Sejam felizes.
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