domingo, 22 de outubro de 2017

OS INCÊNDIOS E AS SUAS ORIGENS E OS CRIMES ASSOCIADOS

Todos os anos ardem vastas áreas do território nacional, particularmente em zonas de eucaliptal. Depois dos grandes incêndios de Pedrogão Grande, e quatro meses depois, voltou a arder uma área ainda maior.
Os incêndios florestais têm causa naturais ou causas humanas. Nas causas naturais, há factores a ter em conta como as elevadas temperaturas que tornam o pasto e a folhagem propicias ao desenvolvimento de um fogo, que ainda assim requer uma fonte de ignição, que poderá ser um vidro exposto à radiação solar. Mas nunca será de geração expontanea e muito menos durante a noite como tem vindo a acontecer.
Nas causas humanas, pode ser por negligência ou de origem criminosa. No caso de negligência deve incluir-se a falta de limpeza dos matos, algumas queimadas ou o atirar de um ponta de cigarro para o mato.
No de origem criminosa estão os elevados interesses económico financeiros da industria do fogo, que vai desde a contratação de vias de comunicação, aos meios de combate aos fogos, aos madeireiros e às celuloses.
No combate a este flagelo há que encarar as fases de prevenção e a do combate aos fogos. Pode-se constatar que a prevenção não existe e que o combate, excepção feita aos bombeiros, constata-se também que não há coordenação, apesar de termos uma instituição dita de Protecção Civil, que não protege nem bens e muito menos as pessoas.
Embora estejam em causa os incêndios, não podemos nem devemos esquecer que em caso de cheias, aconteceria exactamente o mesmo, bastando para isso lembrar o que aconteceu há escassos anos em Albufeira.
Temos assim uma Protecção Civil que apenas serve para albergar mais uns quantos "especialistas" em receber o ordenado no final do mês. Para que precisamos nós de uma Protecção que não funciona? Será que não nos levam dinheiro a mais por tão pouco serviço? Não estará na hora de extinguir este sorvedouro de dinheiros públicos de muito duvidosa utilidade?
Por outro lado, devemos atender ás consequências ambientais da proliferação do eucaliptal, que como nos é explicado no vídeo acima, não só nos rouba a agua que no futuro nos fará muita falta, como esterilizará os solos, agravando as alterações climáticas.
Das explicações dadas, o que podemos dizer, é que não são tomadas quaisquer medidas que salvaguardem o futuro do País, porque os governos quaisquer que sejam, estão reféns do poder económico financeiro do sector das celuloses, um sector também ele de enorme poder poluidor, contra o qual os governos nada fazem, para alimentar o lucro e a ganância dos seus proprietários.
Assim, nenhum dos partidos do arco da governação, PS, PSD/CDS, podem fugir às responsabilidades que lhes cabem em matéria de incêndios florestais.
Veio o actual governo substituir a ministra da administração interna, uma demissão pedida pelos sectores mais retrogrados da direita e com muitas culpas no cartório, quando era a própria ministra, que à semelhança de António Vitorino, Murteira Nabo ou Jorge Coelho, deveria de imediato ter colocado o lugar à disposição.
O que não vimos, foram os responsáveis pela ausência de uma política agrícola e florestal, também eles associados à calamidade que afectou o País, se pronunciarem, como se não tivessem uma palavra a dizer sobre o assunto. Onde anda o secretário de estado das florestas? Existe ou só lá está para mamar o ordenado?
A lamentar estão as muitas vitimas e suas famílias, a perda de vidas humanas, provocadas na maioria dos casos pela ganância de alguns, que como sempre saem impolutos, morrendo a culpa solteira. Mas também vitimas do crime ambiental que é o eucaliptal!
VEJAM O VÍDEO!  










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