Os núcleos habitacionais da Ria Formosa vêm de há alguns anos a esta parte, vivendo num clima de incerteza quanto ao seu futuro, fruto de políticas que feitas nas costas das populações, pelo que hoje vamos procurar trazer à luz do dia, projectos do passado e verificar das coincidências com o presente e um futuro previsível.
Há uns anos atrás, não havia planos de ordenamento nem preocupações ambientais, mas também não havia os interesses que hoje proliferam na região algarvia e em particular no sotavento.
Assim, na década de cinquenta do século passado, existia na Câmara Municipal de Olhão, um projecto para a construção de cinco hotéis na Ilha da Armona, mas ao longo da sua extensão, abarcando desde a ponta de Olhão até à Fuzeta. Tais documentos devem estar na posse do Arquivo Municipal.
Coincidência ou não, a verdade é que o actual detentor do Poder autárquico no concelho, em tempos veio a lume manifestar a intenção de transformar a Ilha da Armona na Quinta do Lago de Olhão.
Veio a lume nestes dias mais próximos uma noticia da qual deixamos aqui o link
http://www.24hnoticias.com/59d248338af43/hotel-bilionario-compra-ilha-do-farol-no-algarve-e-ira-demolir-todas-as-casas-da-ilha.HTML, sobre a qual temos algumas reservas quanto á veracidade da mesma, mas porque temos informação que nos permite deixar no ar um alerta quanto à real possibilidade de a mesma ter algum fundamento.
Na realidade, na Festa do Pontal de 2014, foi apresentada uma maqueta de um projecto turístico-imobiliário para o núcleo do Farol da Ilha da Culatra, a um grupo restrito de pessoas. É evidente que naquela altura, com as intenções de demolir todo o edificado das ilhas barreira, seria de todo inconveniente, vir proceder á apresentação publica de tal projecto. Sabemos também que essa tal maqueta, foi guardada na agência do BES em Beja. Coincidência?
O actual Ministro do Ambiente foi o autor dos estudos prévios à elaboração do POOC Vilamoura-Vila Real de Sº António; mas sabe-se que enquanto esteve em Nampula, foi contactado por um empresário sul-africano que pretendia construir um eco-resort na Ilha do Príncipe (S. Tomé e Príncipe).
Sabe-se também que foi o actual Ministro do Ambiente quem então elaborou os estudos para a apresentação de uma candidatura da Ilha do Príncipe, a Património Ecológico da UNESCO, uma forma de correr com as populações nativas, para mais tarde vir a ser aprovado o tal eco-resort.
Coincidência ou não, o actual detentor do Poder autárquico em Olhão, também já veio propor o mesmo tipo de candidatura para a Ria Formosa.
Se estas coincidências podem ajudar a acreditar na forte possibilidade de se estar preparando as condições para a aprovação de um projecto turístico imobiliário de grande envergadura para o núcleo do Farol, já o anuncio de tomada de posse administrativa e demolições para breve, com datas marcadas, não correspondem de todo à verdade, e daí a nossa relutância em relação à noticia.
De qualquer das formas, cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a alguém, pelo que entendemos deixar o alerta para uma atitude precaucionista e preventiva quanto àquilo que se pode tornar uma amarga realidade.
Nós continuaremos atentos, a aguardar novos desenvolvimentos deste processo, para então sim, nos pronunciarmos de forma mais contundente, se disso for caso.
MAS ESTEJAM ATENTOS!
2 comentários:
A noticia no momento não passa de uma brincadeira de Bom Gosto mas se tal viesse a acontecer seria de pasmar?
Quem votou em António Pina votou conscientemente o resto é conversa de balcão.
Não venham com a cantiga do coitadinho porque quem votou não deu ouvidos aquém os alertou se num futuro algumas irão abaixo não tenham duvidas.
Vão Mesmo!
Não vale a pena gritos, choros, cartazes etc..etc..
Sejam felizes.
Que vão casas a ser demolidas há muito tempo que não tenho duvidas sobre isso. Não foi o Pina que disse que tão radical é quem defende que nenhuma casa deve ser demolida, como radical é quem defende que devem todas ser demolidas. Diz isto porque não é a sua que não irá ser demolida.
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