O Orçamento de Estado para 2018 prevê uma verba de 250.000 euros, mas que inicialmente seria de 500.000, para o realojamento dos primeiros pescadores das ilhas barreira, tal como se pode ler em https://www.dn.pt/lusa/interior/oe2018-recuperacao-das-dunas-e-realojamento-na-ria-formosa-com-370-mil-euros-8842370.html.
Por razões históricas e das actividades que exercem, se alguém tinha direito a manter uma casa de habitação nas ilhas barreira, seriam precisamente os pescadores e viveiristas, argumento aliás, que os governantes sempre invocaram, dizendo que nenhuma casa de pescador seria demolida.
De acordo com a proposta do Orçamento de Estado, os pescadores vão mesmo ser expulsos do seu habitat, transferindo-os para casas de habitação social, assegurando o seu realojamento.
O processo de demolições nas ilhas barreira continua inquinado sem se perceber os critérios que são utilizados para a expulsão dos moradores, apenas permitindo vislumbrar a desigualdade de tratamento entre a administração e o cidadão, preceito constitucional constantemente violado.
De qualquer das formas, fica-se a saber que vão continuar as demolições nas ilhas barreira, embora por agora os atingidos sejam apenas os pescadores, continuando os demais a usufruir das ilhas como se suas fossem.
Pergunta-se porque carga de agua, é que Pina e companhia têm direito a manter uma casa nas ilhas e os pescadores não? É o estatuto social e ou político?
Não acreditamos que o governo, e em especial o actual ministro do ambiente, apenas queira correr com os pescadores, pelo que se aproximam novas acções, faseadas no tempo para não criar impactos negativos na imagem do governo ou dos políticos locais,
Depois da aprovação da Lei de Bases do Ordenamento do Espaço Marítimo, cozinhadas entre PS e PSD, estão criadas as condições para a "alienação" das ilhas barreira, sob a forma de concessão que poderá atingir os oitenta anos, tornando-as muito atractivas ou apetecíveis para o sector turístico
Sabe-se que existiam projectos concretos para a instalação de eco-resorts nas ilhas barreira, com poderosos grupos económicos interessados, mas que têm de aguardar pela expulsão dos moradores das ilhas, para que possam assegurar uma maior reserva da intimidade aos seus futuros clientes.
Infelizmente, alguns ainda acreditam na boa fé dos políticos, e pensam que a febre demolidora acabou, restringindo-as às 22 casas cuja tomada de posse esteve prevista para 27 de Setembro mas que por causa da agenda eleitoral foi adiada. O silencio em torno destas demolições por parte das associações ditas de defesa dos moradores, obedece ao principio de que "enquanto for a casa do vizinho e não for a minha, está tudo bem", mas deviam lembrar-se que quando chegar a sua vez correm o risco de não contarem com apoios necessários à defesa do edificado.
Queremos também deixar ainda, dois alertas. O primeiro é de que aos poucos, os portugueses estão a ser corridos das ilhas barreira, nem que seja apenas pela força da capacidade financeira de terceiros que não se importam de oferecer mais dinheiro para ter uma casa de "sonho".
O segundo alerta, vai para aqueles que quando abrem a boca para fazer a defesa do turismo, nos moldes em que se tem vindo a processar, que afinal mesmo num ano excepcional para aquele sector, com taxas de ocupação elevadíssimas, a divida do Estado não pára de crescer, ou seja, os benefícios esperados não surtiram o efeito desejado. O turismo tem ou deve ser encarado como uma mais valia e nunca como o eixo principal do desenvolvimento, não só pela sua sazonalidade mas também porque os seus fluxos dependem muito de factores externos da política internacional associados à insegurança de destinos turísticos de excelência.
Fiquem bem!
8 comentários:
Tudo como previsto. E as pessoas enganadas por quem as deviam defender. Onde anda o lezinho a Vanessa? Agora já não falam? Mentirosos de um raio que apenas enganaram os demais.
O Lezinho estava aí num outodoors onde se podia ler "Eu voto no António Miguel Pina". A Vanessa hibernou.
Enganaram os demais? Eu diria trairam-nos.
Isto é difícil de comentar então toda a gente falava criticando o Pina e Compª e no fim teve maioria absoluta.
Não venham com a cantiga que foram enganados votaram porque quiseram agora aguentem-se!
Dá a impressão que o Lezinho e a Vanessa são algumas pessoas tão importantes que possam alterar o caminho da situação.
entao o moço Pina dias antes das eleicoes comecou a obra da doca nas rampas para amgariar votos colocou as pedras em exposicao perto da rotunda para todos verem e nunca mais mexeram naquilo, ainda hoje passei la e está tudo na mesma ainda está pior que estava, e no cartaz da obra anunciava 45 dias de execuçao ja anuncia 145 por este andar nao é obra para acabar este ano.
Votaram aguentem-se não viram onde estava o lezinho e com quem estava, todos uns vendidos o pina logo arranja um lugar na Câmara pró- lezinho e companhia e os outros lézoes enchem as algibeiras de outra maneira. votaram charingem-se. Sejam felizes vacas de olhão.
Os lezínhos estão a tratar da vida trabalho para eles e para os filhos. Mais uns tempos está tudo a trabalhar no asilo leia-se c.m.o. e é isto o que temos em olhão.
Bem dito palavras para quê!
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