quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

ALGARVE: QUE ANDA A FAZER O IPMA?




As imagens acima expostas, foram retiradas ainda esta manhã do site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
As primeiras palavras acerca do ponto da situação da captura de bivalves no Algarve, para dizer que em toda a zona há a interdição parcial de algumas espécies, por amostra indisponível, como se pode constatar na imagem de cima.
Ainda que haja alguma diferença na capacidade filtradora de cada espécie, não nos parece muito sério a decisão de interdição da captura de algumas delas por terem características muito semelhantes. Aquilo que na nossa opinião se passa, é que tal procedimento é uma forma de evitar pagar o tempo de paralisação se fossem todas interditadas ao mesmo tempo, mas isso cabe às associações representativas do sector pronunciarem-se, mas infelizmente estão caladas.
A verdade é que no Litoral Faro-Olhão, apenas durante o final de Janeiro e Fevereiro deste ano, no total de um mês, é que foi possível capturar todas as espécies, muito pouco para quem faz vida desta arte.
Porque as amostras estão indisponíveis?
Bem, o IPMA tem, como se pode ver nas imagens, três barcos, um dos quais inoperacional, fundeados no Porto de Pesca de Olhão. Quanto aos restantes dois, não se sabe como foram passadas as vistorias, se é que o foram, uma vez que nenhum deles subiu ao estaleiro, mas claro que nestas coisas, o Estado é o Estado, sempre omnipotente, passando por cima das regras que ele própria vai destilando.
Se é feita alguma manutenção, desconhece-se, mas um deles há cerca de três anos que não sai do mesmo lugar.
A questão é que deveria ser o IPMA, a capturar as amostras, com geo-referenciação e equipamentos próprios para a recolha e transporte das amostras. Mão não o faz, endossando essa responsabilidade para quem anda na faina governando a vida,  mas que com boa vontade o faz: A boa vontade só não chega, são necessários meios adequados, se é que se pretende dar credibilidade às analises. Terão os pescadores os meios de geo-referenciação para assegurar a origem das amostras?
Ou será que quem apanha as amostras pode dizer que são colhidas num determinado sitio e elas na realidade terem sido obtidas num outro bem diferente.
Tudo porque os navios do IPMA não funcionam por falta de meios, essa é que é a realidade. E já agora, porque em relação a um deles se diz que é para dar apoio ao FORMAR, não podemos deixar de dizer que o FORMAR tinha um barco que nunca foi utilizado para o fim a que se destinava e não serão os do IPMA que vão receber qualquer acção de formação.
Como pode o Estado e as suas organizações, ditas independentes, gastar o dinheiro desta maneira? Não chega de assaltar os bolsos dos contribuintes, para gastos supérfluos e sem qualquer utilidade?

2 comentários:

mateus disse...

Gastar!
O zé povinho quer lá saber, o que interessa é que as festas começaram...
JMateus

Anónimo disse...

esteja a apanha interdita ou nao todos dias vem marisco do mar e ate hje nao ouvi dizer de niguem que tenha morrido devido ao marisco e nao me venham falar em diarreias ou intoxicacoes pois isso 99% dos casos nao é provado que a origem seja do marisco e desses 1% que pode ser do marisco diria que a causa é o mau acondicionamento ou consumo de marisco ja com dias.