A casa que a imagem documenta está situada na Rua das Lavadeiras e era pertença de um senhor de nome Catarino, entretanto institucionalizado na ACASO, uma IPSS do concelho, presidida por um analfabeto com canudo, ex director regional de educação, ex governador civil, ex presidente do Turismo do Algarve e pai do actual presidente da câmara.
Este cavalheiro foi muito lesto a reagir no caso da doença do senhor Catarino, momento a partir do qual se apoderou do edifício e da conta bancária do dito cujo, mas não foi tão lesto quando, já depois de institucionalizado, o sr Catarino teve alta hospitalar, o que levou o Hospital de Faro a contactar as pessoas que o acompanhavam antes de ser institucionalizado, para que lhe fosse dada a alta.
Mas isso são histórias de um passado recente. A que trazemos hoje a lume tem a ver com o abandono a que a ACASO votou o património do qual se apoderou.
Na noite de sexta para sábado passado, a casa foi arrombada, tendo um vizinho comunicado à PSP a ocorrência no sábado à tarde. O Centro de Dia da ACASO, porque se tratava de um fim de semana não deu pelo ocorrido, mas ontem foi segunda feira e bem podiam ter resolvido o problema. No entanto esta manhã, a casa continuava como a imagem documenta, com a porta aberta, podendo os amigos do alheio, banquetearem-se com o recheio da habitação, o que parece não incomodar nada os responsáveis pela instituição que deveria ser a guardiã daquele património.
A ACASO é uma das herdeiras da herança do dr. Ayres Mendonça e tem vindo, em conjunto com os demais herdeiros, a alienar o património da herança, alegando dificuldades financeiras.
E neste aspecto constatamos uma contradição na excelência da gestão da ACASO, que mantêm uma loja social onde paga uma boa renda, quando na casa agora objecto de arrombamento poderia funcionar sem esses custos.
Mais o próprio recheio da casa também podia ser alienado na tal loja social, antes que desapareça por completo, ficando a sensação de que afinal a ACASO não está assim tão mal financeiramente. Ou será que está precisamente por ter uma gestão que deixa muito a desejar?
Nos últimos dias, falou-se muito de uma outra IPSS, a Raríssimas, que é um exemplo gritante do que vai neste País de malfeitores, onde os dinheiros públicos são gastos sem qualquer controlo ou fiscalização.
Tal como na ACASO, a Segurança Social, ao proceder à entrega dos dinheiros de todos nós a este tipo de instituições, tem a obrigação de fiscalizar a aplicação dos dinheiros, procedendo a inspecções regulares, mas não o faz porque o Estado tem sido uma mera agência de clientelas.
Certo é que o parte do património da IPSS ACASO está votado ao abandono, como se comprova pela casa do Catarino!
2 comentários:
Por Acaso não será parecido o roubo do guito, que se passa em certas IPSS em Olhão?
E certas famílias em Olhão que se intitulam de acolhimento e que "acolhem" todos os bens da idosa apesar de existir uma filha e uma neta?
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