Ontem, deparei-me com um pequeno texto do meu amigo João Fernandes que tomo a liberdade de reproduzir porque surge num momento muito oportuno
Pedi em nov.2016, uma consulta médica no Hosp. Faro, vai acontecer hoje(esperemos). 2 anos e 3 meses depois.
Será que tem a ver com os Serviços Minimos Admissiveis ou não?
Protejamos o SNS.
Será que tem a ver com os Serviços Minimos Admissiveis ou não?
Protejamos o SNS.
Como se pode ver, as listas de espera não são apenas para cirurgias mas também para consultas de especialidades e isso tem as suas implicações gravosas para os doentes, com o agravamento do estado de saúde, já que aquilo que poderia, em muitos casos poderia ser resolvido com medicação, acaba por obrigar a um internamento ou cirurgia.
De uma forma simplista, diríamos que o Serviço Nacional de Saúde tem duas componentes, o regime ambulatório, feito em casa, ou o internamento num hospital. temos também de ter em conta que todos os portugueses, mesmo os que estão abrangidos por outros sub-sistemas de saúde, têm direito á assistência no SNS.
Enquanto o selvagem governo procede à cativação de cerca de 30% do dinheiro que estava destinado aos serviços públicos, com o objectivo de mascarar as contas do défice e para salvar bancos falidos, vem ao mesmo tempo dizer que não há dinheiro para aumentar os enfermeiros, acusando-os de fazerem greves selvagens.
Se o selvagem governo com a administradora feita ministra dotassem os centros de saúde com consultas de especialidades, pelo menos as que são de maior procura e que em tempos já as houve, como estomatologia, otorrino, oftalmologia, gastroenterologia, urologia, ginecologia/obstetrícia ou ortopedia, certamente que não teríamos listas de espera tanto para consultas como para cirurgias.
Tem custos financeiros para o governo? Sim tem-nos, mas neste momento os custos da degradação do estado de saúde dos doentes e dos seus familiares são muito mais elevados do que isso, porque estão em causa vidas humanas. Claro que o governo está mais preocupado com o dinheiro, a que dá todo o valor, do que com a saúde dos portugueses, que despreza.
Mas se fizessem as contas de uma outra forma, se os centros de saúde tivessem uma tal capacidade de resposta, os beneficiários da ADSE ou de outros sub-sistemas de saúde, deixariam de procurar os serviços de clínicas particulares, que vivem á custa do Estado, e optariam pelo serviço publico.
A questão é que os governos, sejam eles rosados ou alaranjados, têm mais interesses nos serviços privados, onde têm muitas amizades e ligações perigosas do que em pôr os serviços públicos a funcionar. Eles querem acabar com o SNS, mas não têm coragem para o assumir. Basta ver que a grande maioria dos meios complementares de diagnostico e terapêutica ( analises e imagiologia) estão nas mãos dos privados. Não tem o Estado meios para os integrar no SNS?
Neste contexto, defender os enfermeiros, os médicos e todos os que trabalham no Serviço Nacional de Saúde é uma obrigação de todos nós, se queremos que aquele serviço seja capaz de tratar da nossa saúde.
A saúde deve ser encarada não do ponto vista das corporações que se alimentam do SNS, mas sim das pessoas, dos doentes afinal a sua razão de ser!
Salvemos o Serviço Nacional de saúde, antes que nos matem por falta de assistência!
1 comentário:
E quem é que privatizou esses serviços ? O antigo ministro Paulo Macedo, actual administrador da CGD, e ex-administrador da Medis( coincidência , que jeito da os seguros de saúde) ....promiscuidade entre o público e o privado aumentou substancialmente com o anterior governo.
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