sábado, 9 de fevereiro de 2019

OLHÃO: OBRAS DE S.ª ENGRÁCIA NA FRENTE RIBEIRINHA

Mal chegou das ferias brasileiras, o presidente da câmara municipal de Olhão, passou a mandar para a imprensa regional as suas notas propagandisticas, mas há algo que não bate certo.
Como se pode ler em https://www.sulinformacao.pt/2019/02/olhao-lanca-concurso-para-a-requalificacao-dos-jardins-da-zona-ribeirinha/, o presidente anuncia o inicio dos trabalhos da dita requalificação dos jardins Patrão Joaquim Lopes e Pescador Olhanense e a envolvente dos Mercados,para Outubro, pelo que deu inicio ao procedimento concursal.
Lendo nas entrelinhas, verificamos que as obras têm um prazo de 480 dias, um ano e quatro meses. Os Mercados de Olhão são marginados a nascente e poente pelos jardins e vai ser lindo a forma de funcionamento com o pó e a circulação das maquinas.
Depois de um Inverno a pão e agua, os operadores vão ter de levar com mais um ano e picos de obras, para ver se esvaziam por completo as algibeiras, até não terem dinheiro para comprar peixe ou fruta.
Ainda não se confessando por completo já vai dizendo que as obras eram para ser realizadas na integra por conta da Sociedade Polis, quando o que estava programada era uma outra intervenção. Mas o ministro da poluição é "amigo", e resolveu jogar fora os mais de cento e sessenta mil euros gastos no projecto, para financiar uma "requalificação" que a Polis dizia já estar requalificada. E mais, o desastrado ministro, reforçou a verba, destacando um milhão de euros do Fundo Ambiental de Combate às Alterações Climáticas para a requalificação dos Jardins.
Na maqueta tudo muito bonito. Uma obra para visitante mas de pouco alcance para os residentes, cada vez mais longe, escorraçados para a periferia, quanto mais não seja pelo menos por razões económicas.
Depois destas requalificações ainda falta a da Avenida 16 de Junho para completar o cerco económico a quem trabalha nos Mercados.
Numa cidade onde não existe a preocupação com as condições de vida da população, pelo contrário, promovendo a destruição do tecido produtivo e das actividades tradicionais, e com isso criando novos escravos dos tempos modernos, tanta beleza contrasta com a situação de miséria do Povo, com uma gestão do território assente na exploração turístico-imobiliária para satisfação dos amigos do regime implantado desde o 25 de Abril.
Daqui a mais alguns, poucos, anos vamos ver os operadores dos Mercados transformados em macacos para a fotografia dos estrangeiros que os visitam mas de caixa vazia. Até ao dia em que perdem a vergonha e dão outro destino aos edifícios dos Mercados.
Tudo sem corrupção! LIMPINHO, LIMPINHO!

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom dia. É mesmo não saber valorizar o património existente e querer fazer um projeto de requalificação que só estraga. Estão a transformar a cidade numa treta qualquer "moderna".
Que falta de visão e conhecimentos de quem está a dar direção ao barco. Que vergonha a destruição do que cá trás as pessoas.