Devidamente propagandeado, como é timbre do regime, vai realizar-se mais um Festival Pirata, desta vez alargado à vila da Fuzeta.
O Festival Pirata é um evento da Fesnima, EM como se pode ver em http://www.fesnima.pt/areas-de-atuacao/eventos.
Curiosamente e tal não acontecerá por acaso, o Festival Pirata não foi abrangido por qualquer contrato programa, porque não era intenção da autarquia que ficasse a cargo da empresa criada para os eventos com a desculpa da recuperação do IVA. Essa preocupação deixou de o ser, quem diria?
Acontece que os piratas cá do burgo, entenderam ou perceberam que não podiam fazer um ajuste directo pelo critério valor, optando por faz-lo pelo critério material, só que em nome da autarquia.
Assim temos uma empresa criada para eventos que não promove os eventos, mas que um staff cada vez maior e mais oneroso. Gestão exemplar.
Nos anos anteriores, os Piratas cobraram 12.000 euros em 2017, 15.000 em 2018 e este ano, como vão passear à Fuzeta cobram 17.500 euros.
Não devemos deixar de lembrar que os Piratas já celebraram contratos com os diversos organismos do Estado 6.220.000 euros. Esta é a maneira como o Estado gasta o dinheiro dos contribuintes, promovendo eventos, uns atrás de outros, divertindo e alienando as pessoas enquanto lhes assaltam a carteira. Por outro lado, a satisfação de clientelismos que de outra maneira teriam dificuldade em sobreviver. Se os Piratas são assim tão bons porque não fazem os espectaculos sujeitos à cobrança?
Longe vão os tempos em que eram as organizações populares, clubes ou associações a promover e a cobrar pela realização dos eventos.
Levanta-se esta questão porque estamos à beira da realização de mais um Festival de Marisco, que começou por ser um evento popular e foi abocanhado pelo Poder local para distribuição de benesses aos seus amigos.
Segundo o Relatório e Contas da Fesnima relativo ao ano de 2018, embora tivessem marcado presença no Festival cerca de 50.000 pessoas, apenas se registaram 29.054 ingressos com uma receita de 198.800,01 euros. 21 mil entraram sem pagar a que teremos de acrescentar a corte de VIPs que mamaram, e de que maneira, à conta dos otários.
Vão batendo palmas às festas e festinhas da câmara e depois queixem-se de que as taxas e impostos municipais estão caros!
Com papas e bolos se enganam os tolos!